Financiamento do Ensino Superior
Ligeira subida orçamental na UBI

A UBI, à semelhança das outras universidades portuguesas, regista uma ligeira subida no financiamento que lhe foi atribuído para o ano lectivo 2005/2006.

Por Eduardo Alves

Este ano, a Universidade espera ainda mais verbas do PIDDAC para executar algumas actividades

Vai registar-se um crescimento de 2, 3 pontos percentuais no orçamento de funcionamento da Universidade da Beira Interior. Esta margem foi conseguida “num ano de contenção”, refere Manuel Santos Silva, reitor da instituição.
Uma das principais decisões para o bom funcionamento da instituição está assim aprovada e prestes a entrar em vigor. Os números das contas gastas nas despesas lectivas e restantes actividades que são desenvolvidas pela UBI vão registar um ligeiro reforço, adiantam os responsáveis. Este acréscimo que agora se regista vai, segundo Santos Silva, permitir “o normal funcionamento da instituição e dos projectos que estão em curso”. Uma notícia que surge num contexto económico “pouco favorável”, sublinha o responsável máximo pela instituição.
No geral, as Universidades portuguesas recebem este ano mais 22 milhões de euros, do que a verba destinada inicialmente no Orçamento de Estado. Segundo informações do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, as despesas de funcionamento das Universidades vão andar próximas dos 1222,4 milhões de euros. Este montante corresponde a uma segunda estimativa por parte do ministério da tutela, uma vez que no Orçamento Rectificativo de 2005, apenas constava um aumento de verbas na ordem dos 13, 9 milhões. Grande parte destas verbas vai chegar às instituições através de contratos-programa destinados a financiar equipamentos e investigações. Os serviços de acção social vão receber 154,7 milhões de euros, verba que o ministério calculou como necessária para a ajuda aos alunos.

PIDDAC ainda por aprovar

Outra das grandes questões financeiras que fica por conhecer no arranque de mais um ano lectivo prende-se com as verbas do PIDDAC. O Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central tem dois projectos de grande vulto da UBI. A Faculdade de Medicina, que está prestes a ser concluída e também as novas estruturas destinadas à Faculdade de Ciências do Desporto. Estas últimas parecem ser as que mais devem beneficiar, segundos os responsáveis da UBI. Isto porque, no entender de Santos Silva “urge pagar as instalações, e também equipá-las”. Muitas das verbas que este programa de apoio destinar à instituição vão ser aplicadas na aquisição de equipamentos destinados às actividades lectivas da licenciatura de Ciências do Desporto.
A UBI dispõe agora de várias estruturas desportivas, junto às residências de Santo António, que “têm de ser preenchidas com equipamentos necessários ao apoio às actividades lectivas”, adianta o reitor. Para Santos Silva, estas são as necessidades mais prementes que devem então merecer o apoio financeiro por parte das verbas disponibilizadas em PIDDAC. O montante dessas ajudas e a data de disponibilização são questões que ainda estão por conhecer. Santos Silva esclarece apenas que a Universidade vai ter uma resposta “dentro em breve” sobre esta matéria.