Facilitar cálculos matemáticos e tomar maior conhecimento das fórmulas são algumas das metas desta tese

Mestrado em Ensino da Matemática
As difíceis contas do controlo

Desde os mais pequenos mecanismos, até aos enormes engenhos, os controlos são aplicados para que o homem possa ter mão nas suas criações. Uma tese de mestrado apresentada na Covilhã vem explicar os complexos cálculos realizados para se encontrar a melhor maneira de orientar objectos.


Por Eduardo Alves


Na última missão no espaço, o grupo de astronautas da NASA deparou-se com um sério problema. O vaivém espacial perdeu uma importante peça do seu revestimento e houve necessidade de reparar este aparelho em plena estação espacial. Para tal, os membros da tripulação destacados para a tarefa contaram com a ajuda de um braço mecânico que lhes permitiu elaborar a tarefa de reparação. Para que os astronautas se deslocassem até fora da nave, presos nesse braço mecânico, houve todo um trabalho prévio de cálculos e de medições para que os controlos resultassem na perfeição.
Este é apenas um dos exemplos onde a aplicação de controlos e de algumas equações matemáticas são utilizadas. Um dos pontos fundamentais nas teorias matemáticas está relacionado com as Equações de Sylvester, fórmulas capazes de ajudar na resolução dos inúmeros cálculos que são necessários para controlar objectos relacionados com a robótica.
Isabel Maria Barreiros de Miranda apresentou uma tese de mestrado intitulada “Equação de Sylvester com aplicações à teoria de controlo”. Um estudo sobre uma temática “cada vez mais utilizada”. A autora desta tese, que obteve a aprovação por parte do júri, refere “que é a primeira do género escrita em português”.
Durante dois anos foram feitos muitos cálculos e resolvido “um grande número de equações”, com a finalidade de compreender melhor a aplicação e resolução da teoria de Sylvester.
Este tipo de teoria de controlos aplica-se à construção de robots, à reconstrução de fotografias, à orientação de satélites e tudo o que esteja relacionado com a robótica. Para além disso está também presente “nas informáticas”. O júri das provas foi constituído por Maria Joana Feijão Ghrhardt Soares, professora associada da Universidade do Minho, Rui Manuel Pires Almeida, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior e Paul Andrew Crocker, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior.