Mercado imobiliário
Ano novo, casa nova

Com a entrada de novos alunos na Universidade, o mercado do arrendamento de quartos e casas nas cidades universitárias volta a ganhar fulgor. A Covilhã não foge à regra e nesta altura do ano, os anúncios de arrendamento multiplicam-se.

Por Eduardo Alves

O mercado imobiliário covilhanense sofre uma forte procura no inicío de cada ano escolar

António Seguro vem de Beja para estudar Engenharia Aeronáutica na Covilhã. A convicção parece não estar só presente no sobrenome deste alentejano, a julgar pela forma como queria esta licenciatura em particular. O António concorreu “quase em exclusivo para este curso e para a Covilhã”.
Com uma boa média, e exames específicos a correrem da melhor forma, a entrada na UBI estava quase certa. Na passada semana, a divulgação dos resultados de acesso ao superior vieram a confirmar a boas expectativas deste jovem de 18 anos.
Rumou à Covilhã, como tantos outros, para efectivar a sua matrícula na Universidade, mas também para procurar casa. Este ponto foi tratado depois de todo o processo de inscrição. Junto à banca da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), na zona das matrículas existe uma grande base de dados onde os novos alunos podem consultar as ofertas de habitação, a localização das casas e o preço que está a ser pedido pelos proprietários.
A este aspecto, António e muitos outros estudantes parecem ter dado destaque. Para o jovem “o factor que mais foi tido em conta na casa escolhida foi o da proximidade ao pólo onde vou estudar”. A primeira casa que visitou “foi aquela que escolheu”, refere Maria do Céu Santos, mãe do estudante. Mesmo assim, “andámos a ver outras habitações, mas depois o preço e a proximidade acabaram por pesar na escolha da primeira”. Este golpe de sorte leva António Seguro a dizer que “a cidade parece oferecer instalações adequadas, mesmo assim, tem de ser procurar um pouco”. Optou por alugar um quarto num apartamento que vai dividir com outros estudantes. Uma opção seguida pela maior parte dos alunos. As contas são divididas e o alojamento sai mais barato.
A Covilhã recebe cerca de 5 mil alunos, dos quais 80 por cento são deslocados. A UBI oferece cerca de 900 camas nas suas residências, tendo os restantes alunos de procurar casas no mercado particular. A AAUBI refere que “a situação do alojamento na Covilhã tem vindo a melhorar”. Bruno Guedes, um dos membros da academia aponta medidas que esta associação tem implementado para dar algumas informações vantajosas aos alunos. A criação de uma base de dados com a localização das casas ou quartos, a sua tipologia, o preço e o proprietário “pretende conferir uma primeira ideia sobre o alojamento”.
Outra das medidas que a academia está a pensar implementar para este ano “é uma selecção das habitações que constam na nossa base de dados”. Isto é “vamos tentar criar uma pontuação para as habitações, tendo em conta vários factores”. Segundo os responsáveis pela AAUBI, factores como “o preço, a idade das casas e a localização” vão ter um peso importante nesta seriação.