Má qualidade das refeições
Administração do CHCB diz-se supreendida

O
presidente do Centro Hospitalar da Cova da Beira (Covilhã) manifestou-se surpreendido, na passada semana, com a má classificação atribuída num estudo da Associação de Defesa do Consumidor (DECO) às refeições ali servidas aos doentes.

NC / Urbi et Orbi

Segundo o estudo da Pro Teste, as refeições servidas no Hospital da Covilhã são de fraca qualidade

A DECO apontou a falta de higiene nas cantinas de oito de 21 hospitais analisados para a revista "Pro Teste". O Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) está entre os cinco que receberam a classificação "mau", juntamente com os hospitais São Francisco Xavier, São José e Egas Moniz (Lisboa) e Hospital do Espírito Santo (Évora).
"O resultado apanha-me de surpresa. Preciso de analisar os dados com detalhe", disse Miguel Castelo Branco, presidente do CHCB, em declarações à Agência Lusa. "Em qualquer caso, a alimentação no Centro Hospitalar é servida por uma empresa externa. Sei que há monitorização desses serviços e tem havido interacção sempre que se justifica melhorar alguns aspectos", realça. No entanto, não especifica se alguma vez existiu qualquer problema com doentes relacionado com as refeições servidas no CHCB.
"Como é óbvio, este resultado agora anunciado é importante até porque o serviço vai a concurso até final do ano", explica o presidente do CHCB. "A empresa será responsabilizada pelos dados a que venhamos ter acesso", conclui.
Segundo o estudo da DECO, a publicar na edição da "Pro Teste" de 25 de Novembro, os hospitais de Santa Marta (Lisboa) e dos Covões e Pediátrico (Coimbra) obtiveram a classificação global de "medíocre". Apenas o Hospital dos Capuchos (Lisboa) e o privado São João de Deus (Montemor-o-Novo) tiveram a pontuação "bom" (numa escala de mau, medíocre, médio, bom e muito bom), no que diz respeito às refeições servidas a doentes. Segundo o comunicado da DECO, apesar de não terem sido detectados germes patogénicos, "os dados são preocupantes".
Um dos factores que influencia a higiene é a lavagem das mãos dos funcionários, "onde foram detectados alguns microorganismos reveladores de má higiene", adianta. A DECO reivindica uma fiscalização mais eficaz das refeições.