Os trabalhadores esperam agora decisões sobre o futuro da empresa
Caso Fiper
Novas propostas adiam decisão final

Termina já amanhã o prazo para apresentação de propostas que tenham como objectivo a viabilização da empresa têxtil do Teixoso, Fiper. O Tribunal da Covilhã adiou, na passada semana, o prazo, mas amanhã toma uma decisão final.


Por Eduardo Alves


A assembleia de credores da Fiper, realizada na passada semana, foi inconclusiva. Francisco Pimentel, advogado que representa a empresa, adiantou uma possível proposta de viabilização da empresa.
Este gesto levou a que os credores da Fiper – Fiação Sã Pedro, com sede na freguesia do Teixoso decidissem alargar o prazo de recepção de propostas de viabilização da empresa por mais uma semana. Isto porque, os contornos da licitação apresentados por Francisco Pimentel ainda têm de ser revistos em alguns pontos.
Uma decisão consensual entre os representantes da empresa e os credores da mesma que querem apreciar todas as propostas para a viabilização da Fiper.
Desta forma, ficou assim marcada a audiência final do caso para amanhã, dia 9. Uma solução será encontrada para mais este impasse económico na região. A proposta avançada por Francisco Pimentel, sabe-se, é de um empresário uruguaio, o qual mostrou disponibilidade para continuar com a laboração da empresa e com a responsabilidade dos postos de trabalho. Mesmo assim, o tribunal referiu ainda que até amanhã podem surgir novas propostas e que devem ser todas analisadas pelos diferentes interessados.
O caso da Fiper começou a ganhar notoriedade quando em Setembro passado, 85 operários ficaram sem laborar. Durante o mês de Outubro, os salários ainda foram pagos, mas desde essa data que a situação está num impasse. Os trabalhadores têm os ordenados em dia, mas querem agora saber se os seus postos de trabalho se mantêm ou não. A empresa abriu falência e neste momento está a ser gerida por Rui Dias da Silva, administrador judicial. O mesmo disse já que a empresa tem a sua contabilidade em dia e que a situação actual se deve a preços de mercado muito baixos que a Fiper não consegue acompanhar.