Uma das peças da Quarta Parede, promotora do festival, voltou aos palcos da Covilhã
De volta à Covilhã
Stracciatella

Festival Y #03 apresentou, no dia 7 de Novembro, Stracciatella. Uma performance da Companhia Quarta Parede que surpreendeu pelo espaço, espectáculo e público.


Por Helena Mafra


Um espaço híbrido, de percursos labirínticos que visa presentear “ as memórias de alguém à memória de todos”. Este é o universo de acção de Stracciatella.
Confessionário, sala de espera, vitrina, veículo, ecrã, mostruário e reservatório foram alguns dos lugares a que os “Habitantes” em cena conduziram o público.
Partindo da memória fragmentada das percepções, as personagens de Stracciatella reinventam uma mistura de “estórias” simples. “Estórias” que escondem imagens, imagens que se rasgam em “estórias”, objectos que substituem palavras, palavras que se transformam em paisagens.
Numa representação onde o real e a ficção se enleiam, os “Visitantes” são o nó do laço entre a memória e o presente. Stracciatella foi, então, a proposta da Companhia Quarta Parede para o dia 7 de Novembro do festival Y#03.
Uma criação de Sílvia Pinto Ferreira, com interpretação da própria e de Jeannine Trévidic, montagem de vídeo e áudio de Nuno Veiga. O espectáculo, de apenas meia hora, contou com um número muito reduzido de assistência. Mesmo assim, todos tiveram direito a uma prova gustativa de gelado e receberam, também, uma pequena lembrança. “ Foi uma peça bastante alternativa, mas muito boa”, comenta João, um dos “Visitantes”.
Esta performance foi, no entanto, a primeira sessão de Stracciatella. Para o dia nove de Novembro está reservada a segunda parte desta produção, com uma mostra de Vídeo/Dança.