Protocolos assinados
UBI aposta na floresta

Algumas das investigações a decorrer na UBI vão apresentar as suas candidaturas ao programa de apoio do Fundo Florestal Permanente. Uma acção que envolve várias entidades e pretende encontrar financiamentos para os trabalhos sobre as energias renováveis e a prevenção de incêndios.


Por Eduardo Alves

Aproveitar os recursos energéticos das florestas é uma das finalidades dos estudos

Um conjunto de trabalhos de investigação baseados na floresta e nos recursos naturais candidataram-se a apoios estatais. Através do Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional (CEDR), os Departamentos de Electromecânica e de Ciências Aeroespaciais da UBI assinaram quatro protocolos com a Câmara Municipal da Covilhã e com a Associação de Produtores Florestais do Paul (APFP).
Os documentos têm como finalidade candidatar os projectos de prevenção de incêndios florestais, onde se inclui a fase final de experimentação do Sky Gu@rdian, aeronave não tripulada, desenvolvida pela UBI e outras iniciativas que estão a ser testadas no âmbito da prevenção de incêndios. Neste conjunto de novas soluções orientadas para a floresta estão também estudos que apontam para a possibilidade de aproveitamento de resíduos florestais para a produção de energia, bem como a introdução de fibras vegetais no fabrico de materiais de construção civil. Os desbastes feitos pela APFP nas florestais do concelho vão servir agora de matéria-prima para algumas investigações que decorrem na Universidade.
Segundos os responsáveis da instituição “todos estes projectos têm de estabelecer parcerias estratégicas com algumas instituições, no sentido de se candidatarem ao programa de apoios a conceder pelo Fundo Florestal Permanente, estando os seus desenvolvimentos sujeitos ao termo de aprovação pelo referido programa de apoios”.
Por isso mesmo, um dos pontos em destaque nestas iniciativas está na viabilidade económica das mesmas. As soluções apontadas por estes trabalhos, realizados a um nível experimental, deverão ter em conta a sua aplicabilidade a uma maior escala.
Por parte da autarquia covilhanense, Joaquim Matias, responsável pela Protecção Civil no concelho, mostrou-se também agradado com este tipo de iniciativa. O autarca refere que a edilidade vai agora prestar apoio nas candidaturas aos programas de apoio e servir também de elo de ligação entre a Universidade e instituições como a Associação de Produtores Florestais do Paul ou os organismos que possam ter interesse nestas acções.