A serra vai agora receber um forte investimento financeiro
Plano apresentado na Covilhã
Serra da Estrela constitui
pólo de atracção turística estratégico


O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) desenvolvido pelo Governo passou a incluir a Serra da Estrela como novo pólo de atracção turística. O investimento de 668 milhões de euros permite a concretização de projectos para a região até 2015.


NC / Urbi et Orbi


A Serra da Estrela está definida como um dos novos pólos de atracção turística estratégica, integrado no Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) definido pelo Governo para os próximos 10 anos. Desta forma, os 14 municípios que compõem a Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE) vão ser alvo de um quadro específico de incentivos para o desenvolvimento turístico na zona.
A exclusividade de promoção turística garantida a Lisboa e ao Algarve está alargada agora, para além da Serra da Estrela, ao Litoral Alentejano, Alqueva, Douro e Oeste. Na conferência de imprensa da passada terça-feira, 21, Jorge Patrão, vice-presidente da Associação Nacional das Regiões de Turismo (ANRET) e presidente da RTSE, esclareceu o novo documento que visa a promoção de Portugal no seu todo, elevando de duas para sete as marcas turísticas internas. São 57 projectos-âncora, num valor total de cerca de seis mil milhões de euros de investimento, concentrados maioritariamente nas mãos de privados, com apoio público nos investimentos de risco e fundos comunitários.
Segundo Jorge Patrão, para a Serra da Estrela está previsto um investimento de cerca de 668 milhões de euros. Uma quantia que fica aquém dos montantes destinados aos outros cinco pólos recém-criados. “Não podemos ombrear os mesmos montantes, porque aqui não temos o potencial do mar. Mas o valor atribuído vai servir para criar o primeiro destino de montanha do País”, assegura. Os projectos que permitirão o aumento da dinâmica turística na Serra estão, na sua maioria, aprovados pelas autarquias. É o caso da Estância de Montanha, que já mereceu a aprovação da Câmara Municipal da Covilhã, pelo que “dentro em breve vai começar a obra”. Há ainda dois projectos para dois “resorts”, um em Vale da Gaia, Belmonte, e outro em Unhais da Serra a serem finalizados. Tudo isto leva Jorge Patrão a considerar que “não existem apenas intenções de projectos, antes já se passou à fase da concretização”.
A Serra da Estrela vai ainda assistir ao alargamento da Estância de Esqui da Torre. A estrutura vai ser aumentada para 15 pistas e o perímetro vai chegar brevemente aos 12 quilómetros de área. Está igualmente prevista a ligação por telecabines da Estância de Esqui à futura Estância de Montanha. Já na cidade covilhanense, a Fábrica Velha, a segunda fábrica de lanifícios mais antiga da Europa, que remonta a tempos anteriores à Revolução Industrial, vai dar lugar a um complexo hoteleiro de luxo. Tudo isto na tentativa de desenvolver o turismo cultural e paisagístico, turismo residencial, mini-férias, golfe, gastronomia e vinho da RTSE. O Plano de Turismo assegurado pelo Governo vem permitir a criação de dois mil postos de trabalho directos na Serra da Estrela.