Whatever people say I am


Arctic Monkeys

A imprensa inglesa quis fazer deles os novos embaixadores da britpop no mundo. Disseram que seriam “os novos Oasis” – o que, na lógica jornalística britânica, significa: os novos “novos Beatles”.
Numa campanha de marketing muito bem sucedida, conseguiram atirar com “I bet you look good on the dancefloor” – o single de apresentação – para o primeiro lugar do top nacional. Factos de louvar já que, há bem poucos meses, antes de assinarem pela Domino, os Arctic Monkeys andavam a “dar” a sua música de graça pela Internet. Ou seja, é preciso dar mérito aos marketeers que conseguiram levar o público britânico a comprar uma coisa que – a grande maioria – já tinha obtido gratuitamente algumas semanas antes.
De resto, e como quase todos os produtos que precisam de grandes campanhas publicitárias para vender, “Whatever people say I am that's what I am not” é um disco absolutamente vulgar. Isto é… não é mau de todo, mas também não é assim tão genial e indispensável como o quiseram pintar. Não está, como quiseram fazer parecer, ao nível de uns “Kaiser Chiefs” ou de uns “Franz Ferdinand”. Tem bons momentos sim senhor. O tal single de lançamento é electrizante; “Perhaps Vampires is a bit to strong” é fantástico; “Mardi Bum”, é um encanto. Mas somando todos os 13 temas e fazendo a média, o disco não passa do “bom”. O que até é aceitável como critério de compra. Mas não se enganem. Não vão comprar a obra-prima que vos prometeram.