Várias tunas portuguesas marcaram presença no evento
IV Festubi
Tunantes (en)cantam no Teatro-Cine

Trovadores estudantes deste Portugal fizeram-se à estrada e seguiram rumo à Covilhã para se encontrarem em mais uma edição do Festival de Tunas da Universidade da Beira Interior organizado pela Associação Cultural Desertuna.


Por Liliana Ferreira


Muita música, convívio e boa disposição fizeram as honras desta quarta edição do FESTUBI. Dia 1 de Abril, sábado, dia de todas as mentiras, foi a data escolhida para trazer a essência do espírito tunante ao palco do Teatro-Cine da Covilhã.
Vindos dos Açores, os Tunídeos (Tuna Masculina da Universidade dos Açores) fizeram jus à sua longa viagem. Num espectáculo onde qualidade não faltou, a tuna açoriana demarcou-se pela irreverência e originalidade, tendo arrecadado quatro dos prémios a concurso – Melhor Pandeireta, Melhor Instrumental, Prémio Tuna Mais Tuna e Prémio de Melhor Tuna. O Prémio de Melhor Porta-Estandarte foi entregue à Estudantina Académica do Instituto Superior de Engenharias de Lisboa. Para Lisboa também, mas desta feita para os Tunantes Alfacinhas d'Enfermagem, foi o Prémio de Melhor Solista.
A Tunadão (Tuna do Instituto Politécnico de Viseu) e a Transmontuna (Tuna Universitária de Trás-os-Montes e Alto Douro) estiveram também a concurso, e apesar de não terem ganho qualquer dos prémios defendem que «o importante nestes eventos, mais do que qualquer prémio, é a alegria que se proporciona e o convívio que se estabelece». Luís Almeida, magister da Transmontuna, adianta que «há prémios que já não sabemos de onde vêm, ficam na vitrine. O que fica connosco são as lembranças das cidades por onde passámos, os amigos que conhecemos e o divertimento que cada cidade nos proporciona».
O IV FESTUBI fica ainda marcado pela presença dos G.A.I.J.U.S. – grupo de jograis da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – aos quais se deve a apresentação dinâmica e bem-humorada do espectáculo musical.
Com sala praticamente cheia, o FESTUBI consegue ano após ano cativar e enraizar a sua cultura nos covilhanenses, que já não prescidem do evento. Segundo David Pereira, actual magister da Tuna Académica da Universidade da Beira Interior e Presidente da Associação Cultural Desertuna, «a qualidade do FESTUBI tem vindo de ano para ano a aumentar, o que faz com que haja cada vez mais a preocupação em assegurar um evento que se preocupe com uma boa recepção a quem vem de fora, mas também uma certa riqueza cultural para quem assiste ao espectáculo». David Pereira mostra-se satisfeito com o evento, «as expectativas foram sobejamente alcançadas e a afluência do público assegura a organização de próximos festivais», garantia no final.