Viagem de finalista
Uma data para nunca esquecer

A época da Páscoa é sinónima para muita gente, de Quaresma, de reuniões familiares e das degustações dos tradicionais “ coelhinhos” da Páscoa. Mas para muitos estudantes finalistas do ensino superior, as férias da Páscoa transformam-se numa viagem de sonho preparada com meses de antecedência, para celebrar o final de uma “era”.


Por Esmeraldina Costa

Este ano, um grupo de alunos de Ciências da Comunicação viajou até Palma de Maiorca

É hora da tão desejada viagem de finalista. Mas para este dia acontecer foram necessários longos meses de organização, que passaram pela elaboração de festas temáticas em discotecas, que tinham como objectivo a angariação de mais uns “ trocos” para gastar nos destinos escolhidos pelos futuros diplomados.
Após numerosas controvérsias relativas à escolha do destino da viagem, quem vai, quem não vai, os problemas com a agência de viagens, chega finalmente a hora da partida. Rumo até ao aeroporto com o entusiasmo estampado no rosto, de quem já espera este dia há muito tempo. Os nervos à flor da pele de quem nunca andou de avião desaparecem logo após a descolagem e a ansiedade para chegar ao destino é que prevalece. E depois de duas horas de viagem, finalmente avista-se a costa da ilha balear Palma de Maiorca. Este foi o local escolhido por um grupo de finalistas da licenciatura de Ciências da Comunicação para uma semana de sonho.
O grupo composto por somente seis elementos femininos aguardava com impaciência as malas no aeroporto para de seguida apanhar uma carrinha que as levava até ao hotel. A descoberta de novas paisagens, pessoas, língua e hábitos locais desenharam uma semana atribulada para as seis finalistas. Mais do que desfrutar do clima ameno, das praias e da animação nocturna, que Palma de Maiorca oferece aos turistas, esta viagem permitiu alargar os horizontes pelo contacto com outros grupos de finalistas e pessoas de outras nacionalidades. A comunicação nem sempre era fácil; as gralhas no inglês e espanhol eram muitas, mas não se impuseram como uma barreira para conhecer novas pessoas e novas realidades. Trocavam impressões sobre os seus respectivos países, sobre os costumes, hábitos culinários, e experiências partilhando um convívio que criou laços de amizade, que terminou com trocas de e-mails. Apesar de estarem longe das suas rotinas de estudantes, os telefonemas para os familiares representam o elo que as mantêm ligadas a realidade que diariamente vivem em Portugal. Mas não há lugar para saudades, porque o tempo esgota-se e os dias vão passando a uma velocidade vertiginosa. Aproveitar ao máximo é o lema destas jovens estudantes que imortalizam as pessoas que conheceram, as situações caricatas e as paisagens através de fotografias para um dia mais tarde recordar.
E porque tudo o que é bom acaba depressa, o voo de regresso para Portugal leva as seis estudantes de volta as suas realidades pautadas pelos trabalhos de final de curso. Durante uma semana criaram laços, partilharam momentos inesquecíveis que fazem da viagem de finalista uma experiência memorável.