Apoio a sapadores
Cinco milhões para a floresta

Uma proposta de apoio financeiro e uma moção de reconhecimento de trabalhos dos sapadores florestais marcaram a actuação do vereador socialista da Câmara da Covilhã na última reunião pública.


Por Eduardo Alves

Serra dos Reis e João Esgalhado não se entendem quanto aos sapadores florestais

Vereadores socialistas e sociais-democratas parecem não ter o mesmo entendimento no que diz respeito à prevenção de fogos florestais. Na última reunião pública do executivo, que teve lugar na freguesia de São Jorge da Beira, o socialista Serra dos Reis apresentou uma moção de reconhecimento “pelo trabalho que vem sendo desempenhado pelas seis equipas de sapadores florestais do concelho da Covilhã”. Um documento que acabou por ser aprovado pelo executivo camarário, ao contrário da proposta, também lançada pelo socialista, que pretende o apoio financeiro a estas mesmas equipas.
Na óptica de Serra dos Reis, “o trabalho desempenhado por estas equipas tem de ser pago” e a ajuda camarária deveria ir no sentido de “garantir a sustentabilidade dos sapadores”. Serra dos Reis pede assim, na sua proposta, um apoio anual de “de dez mil euros para cada equipa de sapadores”. O socialista falou ainda nas funções que estas equipas têm desempenhado nas florestas do concelho.
Quem não parece estar de acordo com esta abordagem é João Esgalhado, vereador com o pelouro da Segurança e Protecção Civil. O social-democrata aproveitou para anunciar que a autarquia serrana se prepara para investir um total de “cinco milhões de euros, nos próximos cinco anos, no plano de prevenção de fogos florestais”. As várias estruturas ligadas à floresta, onde se incluem os sapadores, vão ser contempladas com verbas municipais. Esgalhado adiantou que “para este ano, a autarquia concorreu a fundos governamentais, no valor de um milhão de euros”, mas ao que parece, o poder central “não disponibilizou um cêntimo”. De tal forma que o reforço de verbas para os fogos florestais vai assim ser suportado pela autarquia o vereador responsável pelo pelouro da Protecção Civil não perdeu a oportunidade de lembrar aos dois vereadores socialistas presentes no executivo, “que o combustível dos Bombeiros Voluntários da Covilhã é pago, quase na totalidade, pela Câmara”.
Uma troca de opiniões que levou à suspensão da proposta. No início, Serra dos Reis queria mesmo que esta fosse votada, mas o presidente da autarquia serrana aconselhou o vereador socialista a suspender a votação. Nos próximos dias, João Esgalhado vai analisar a proposta do socialista Serra dos Reis, o qual espera uma resposta da maioria social-democrata.