O happening, cuja encenação foi da responsabilidade de A. Branco, subiu ao palco no passado sábado, pelas 21.45 horas. Este tipo de espectáculo foi executado pela primeira vez por este Grupo de Teatro.
Segundo a directora e actriz Joana Arnaut, “o grupo existe desde 1998 e nunca tínhamos feito este tipo de espectáculo, isto é uma experiência nova”. “Esta peça é feita de improvisação e espontaneidade”.“O encenador deu-nos um questionário para respondermos individualmente, e pediu que juntassemos também algumas fotos importantes para nós. O espectáculo decorre com o encenador a questionar-nos sobre as nossas respostas e qual o significado de algumas fotos” explica Joana Arnaut.
A peça iniciou-se com o encenador a chamar ao palco, pelos nomes completos, os dez actores que se encontravam na plateia, os quais foram mandados sentar nas cadeiras ali existentes, para depois serem chamados novamente um a um ao centro do palco, onde responderam às perguntas e comentários do encenador. Cada actor responde no momento, sem conhecer quais as perguntas que lhe irão ser colocadas no decorrer do espectáculo. Questões sobre a origem do nome, a música da vida, a cidade preferida, o carro de que mais gosta, o seu signo, o que mais gosta e gostava de fazer, os medos, etc.
Foram dadas algumas respostas curiosas e engraçadas que divertiram o público presente, havendo algumas a destacar. A actriz Isabel Leitão, à qual foi exibida uma foto por si escolhida, fez o seguinte comentário:”Foi na viagem de finalistas do 9.º ano ao Alentejo, ao cozinharmos arroz, colocámos dois quilos dentro de uma panela. Foi um caos, depois andámos a atirar bolas de arroz às pessoas, a foto mostra uma bola dessas”. Um dos actores presentes, João Pedro, respondeu ao encenador que o seu carro preferido era o carro dos Flinstones, que gostava de saber tocar acordeão e de um dia tocar com o Quim Barreiros, gostava de ter conhecido Salazar, de ouvir dizer que o Pinto da Costa morreu, e que aquilo que mais gosta de fazer é o amor.
No final, o encenador A. Branco afirmou que “o espectáculo decorreu bem, e os objectivos tinham sido atingidos.” ”Este tipo de peça só dá para fazer uma vez, o grupo já está a trabalhar noutro projecto, para levar ao palco «Romeu e Julieta».”
Joana Arnaut estava satisfeita com o desempenho do grupo “correu bem, é a primeira vez que vimos para esta zona, temos feito espectáculos sempre na Universidade ou perto de Lisboa”. “Anteriormente já tínhamos participado num ciclo de teatro organizado pela Universidade Lusíada «FLAE»” acrescentou.
A assistir à peça estiveram cerca de 70 espectadores. Rui Pires da organização – ASTA/TeatrUBI referiu que ”hoje já estávamos à espera de um número menor de espectadores.” “É fim-de-semana, muito do público são estudantes, e foram a casa.“ concluiu Rui Pires.
O 14.º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior teve o seu início no dia 11 de Março e encerra no próximo dia 27.