Magda Reis desempenha o cargo de psicóloga clínica no Lar de São José há sete anos. Na altura do término do curso surgiu-lhe a oportunidade de fazer um estágio no lar, onde acabou por ficar a trabalhar.
No início Magda Reis sentia-se um bocadinho hesitante mas depois lá se habituou e conseguiu estabelecer uma boa relação com todos. O serviço de psicologia no lar é muito importante, “ajuda os idosos a encontrarem explicações para muitos dos problemas que os atormentam”. No entanto, nem todos vão ao gabinete, alguns porque não se podem deslocar, e outros porque têm a sensação que vão interromper alguma coisa e que vão incomodar. Por isso, salienta a psicóloga, “temos muitas vezes de ir nós ao encontro deles”.
Para esta profissional o mais difícil no lar é lidar com a morte e com a degradação diária da condição física das pessoas em que o quadro clínico já não é muito favorável. “É difícil aceitar que algumas pessoas deixem de nos conhecer, deixem de andar, e que passem a ficar numa enfermaria, numa cama”, refere a psicóloga salientando ainda que “custa porque estamos aqui com as pessoas e criamos laços, mas vamos aprendendo a lidar com isso, nesta área temos de enfrentar tudo isto”. Estes profissionais tentam acima de tudo minimizar o sofrimento dos idosos e ajudá-los na adaptação à nova vida, à vida no lar.
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