Voltar à Página Principal
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: António Fidalgo Directores-adjuntos: Anabela Gradim e João Canavilhas
 
Menos alunos a escolher cursos de ensino foi um dos pontos focados no Seminário “Revisão do estatuto da carreira de docente – discussão de propostas”

Professores querem melhores condições

O número de jovens que procura cursos de ensino tenderá a baixar com a nova proposta do Ministério da Educação. A opinião é de Carlos Costa, do SPZC, que diz ainda que “70 por cento dos professores que estão no sistema educativo não vão conseguir progredir na carreira”

> Cátia Felício

<>Professores estão indignados com a proposta de alteração do estatuto do docente, apresentado há uma semana pelo Ministério da Educação. Descontentes com as condições dos docentes, o Sindicato de Professores da Zona Centro (SPZC ) resolveu promover o Seminário “Revisão do estatuto da carreira de docente – discussão de propostas”. Na sessão de dia 2 de Junho, assinalada no anfiteatro 8.1 da UBI, teceram-se críticas face à proposta do Ministério da Educação. “Não há respeito nem dignidade pelos professores”, diz Carlos Costa, dirigente sindical do SPZC e coordenador da delegação da Covilhã. Diz ainda que com esta proposta “não é o mérito na qualidade de ensino que importa”.
O dirigente sindical adianta que as instituições deviam regular os cursos que leccionam, tendo em conta as saídas profissionais que há actualmente. “Seguramente há colegas que estão para entrar na carreira e que procuram outra actividade profissional. E os alunos que vão candidatar-se ao curso de ensino vão pensar melhor antes de o fazerem”.
As negociações entre o sindicato dos professores e o Ministério da Educação estão em aberto, em princípio, até Outubro deste ano.
No seminário foram abordados os efeitos da avaliação a que os professores são sujeitos para poder subir na carreira. Caso um docente tenha a classificação de excelente dois anos seguidos, reduz-se um ano no acesso à categoria superior. Classificação de bom permite progressão na carreira e dois anos consecutivos ou três interpolados origina ir para o quadro de mobilidade, ficando sem actividade lectiva.
Outros dos pontos em discussão é a categoria de professor titular. Em cada escola, o número de professores com a categoria de titular não pode exceder um terço do total de docentes da instituição. Para poderem se professores titulares, é obrigatório ser-se sujeito a provas públicas de avaliação, o que inclui um relatório e júri de âmbito regional. Há ainda a discussão curricular e a candidatura depende dos anos de exercício de funções. São necessários 18 anos de exercício de funções com a classificação de bom ou superior para candidatar-se.
Quais as condições de acesso ao estatuto de professor titular e quais as alterações no vencimento são algumas das questões em aberto.
A fraca adesão ao seminário deve-se, de acordo com Carlos Costa, à falta de divulgação atempada do evento. “A maior parte dos professores não souberam deste seminário por causa da greve do CTT, porque acabaram por não receber o aviso”.


Menos alunos a escolher cursos de ensino foi um dos pontos focados no Seminário “Revisão do estatuto da carreira de docente – discussão de propostas”
Menos alunos a escolher cursos de ensino foi um dos pontos focados no Seminário “Revisão do estatuto da carreira de docente – discussão de propostas”


Data de publicação: 2006-06-06 01:27:48
Voltar à Página principal

2006 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior