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Piquenique à porta da Nova Penteação assinala três anos de protesto

Trabalhadores da ex-Nova Penteação organizam um piquenique à porta da Fábrica para assinalar os três anos de protesto. A situação do processo tende a prolongar-se devido ao pedido de novo recurso e da nulidade da sentença feito por Rui Cardoso

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Os trabalhadores da ex-Nova Penteação, actual Tessimax, reuniram-se na passada sexta-feira, 8, com o presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa, Luís Garra.
A espera pelos 25 por cento das compensações a que têm direito foi um dos assuntos discutidos na reunião. A situação do processo tende a prolongar-se devido ao facto do empresário Rui Cardoso, proprietário da Beiralã, ter pedido um novo recurso ao Tribunal Judicial, bem como a nulidade da sentença. Luís Garra considera que “estamos perante uma actividade de prolongamento de uma situação que já devia estar resolvida”. Juntamente com os trabalhadores, o Sindicato tomou a decisão de assinalar os três anos de processo com um piquenique de protesto à porta da ex-Nova Penteação, que está agendado para dia 13 de Outubro.
O STBB enviou uma carta a Paulo de Oliveira, no início de Julho, pedindo a consideração do mesmo à antecipação do pagamento dos 25 por cento aos trabalhadores. Segundo Garra “a não continuação do processo permite a Paulo de Oliveira ficar com uma verba avultada já que não paga aos trabalhadores e aos restantes credores”.
A maioria dos trabalhadores pensa que existe um entendimento entre os dois empresários e, por isso há este prolongamento do processo. Luís Garra deixou bem claro que “não tenho indícios nem nenhum dado que me leve a considerar que há um qualquer cambalacho entre os dois”, mas considera a dúvida legítima.
O presidente acrescenta que “se o empresário Paulo de Oliveira não deixar de ter em conta que o pagamento aos trabalhadores seria uma bofetada de luva branca a quem isso pensa”, e “assim está a dar um sinal claro que não compactua com este tipo de situações”.
Algumas questões sobre as vantagens que os empresários tinham destes negócios foram debatidas na reunião, pelo que os trabalhadores e o sindicato consideram que Rui Cardoso não se devia pronunciar “porque conhecemos em que condições e que vantagens teve”. Garra afirma que “não há inocentes nisto” e acrescenta que “a existência de uma empresa completa e estabilizada é prejudicial em termos de mercado e comerciais para a Beiralã”.
O desgaste é mais que óbvio e o Sindicato considera que viveriam “melhor com este problema resolvido” embora tenham em conta que Rui Cardoso defende os interesses da sua empresa mas que “só podem ser entendidos à luz da deturpação do normal funcionamento da empresa que a controla”.


Data de publicação: 2006-09-19 00:00:27
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