Voltar à Página da edicao n. 370 de 2007-03-06
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Perfil

> Eduardo Alves

António dos Santos Pereira nasceu em 1954 na aldeia do Sobral de São Miguel, em plena zona serrana do concelho da Covilhã. Foi aí que começou por fazer os seus estudos primários que viria a concluir com os exames do Liceu, na sede de concelho. Nessa altura decidiu-se pelo ensino apoiado nos seminários e frequenta o Seminário do Fundão, da Guarda e posteriormente, o da Luz, em Lisboa. É também na capital que completa o quinto ano do curso de Filosofia e Teologia e faz depois o curso de História “por vocação”. Esta licenciatura é conseguida na Faculdade de letras da universidade de Lisboa. Finalista do curso de História “recebo convite para ir leccionar Paleografia para a Universidade dos Açores, que estava a nascer nesse ano, em 1981”. Integra o corpo docente daquela universidade até 1987. O ensino das leituras e das escritas antigas lançam António dos Santos Pereira no mundo profissional. “A minha carreira universitária foi a ensinar a ler os pergaminhos antigos”. Sem se considerar um “Indiana Jones dos livros” confessa uma profunda paixão por escritos antigos e o decifrar de antigos documentos e encontrar significados em “papéis velhos”. Daí até às aulas de “história propriamente dita foi um passo”. Vem para a UBI “por necessidades pessoais”. Este regresso às origens deveu-se sobretudo “ao apoio que devia prestar aos meus pais”. Acaba depois por se doutorar na Universidade de Lisboa, em História.
Já na UBI lecciona cadeiras como História Portuguesa e Mundial, História da Cultura Portuguesa, História da Cultura Ocidental e outras, nos cursos de Gestão, Sociologia e Comunicação. “Fui professor de muitos dos actuais docente do Departamento de Comunicação e Artes” e desde essa altura “que a malta do Jornalismo sempre me marcou, pelo facto de ser gente com uma grande capacidade de trabalho, de inovação e de criatividade”.
Actualmente dirige o Departamento de Letras da UBI e continua com as suas investigações. Nesta área é autor de várias dezenas de publicações entre livros e artigos de cariz científico. Um dos grandes campos de investigação de Santos Pereira é a época de ouro dos Descobrimentos Portugueses onde foi autor do mapa de recurso florestais de Portugal nessa época. Este tipo de investigação levou Santos Pereira a integrar o Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa, mas também a assumir-se como um dos grandes defensores de mentalidades no que diz respeito “ao conceito que se têm desse tempo”. Segundo este docente, Portugal não foi “em alguns períodos” um País “tão esbanjador quanto se quer fazer crer”. Até porque “o domínio dos mares e do mundo custou-nos muito em pessoas e recursos naturais”.

A formação de professores vai ter um novo impacto

Os instrumentos civilizacionais têm sido descobertos quando se desenvolvem as humanidades

O crescimento do Espanhol no secundário é de 100 por cento ao ano

O Departamento de Letras tem de acompanhar os tempos






Data de publicação: 2007-03-06 00:00:00
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