Dionísias Ubianas unem estudantes de Filosofia

Numa altura em que os alunos se começam a ver gregos, foi revivido, num acto descomprometido, o outro lado da Grécia. Música, cultura e boémia foram apenas alguns adjectivos com que se pode descrever a segunda edição da festa das Dionísias da UBI.

“As Dionísias celebravam-se de dois em dois em anos na Antiga Grécia, em honra do deus Dionísio. O seu homólogo grego é Baco, mas esta festa não tem nada a ver com excesso, ela não está conotada negativamente. São mais festas de boémia do que propriamente de excessos”, diz é Guilherme Leitão, presidente do núcleo de Filosofia e um dos mentores da II edição da festa na UBI.
As segundas Dionísias da UBI realizaram-se entre os dias 30 de Maio e 1 de Junho e tiveram como objectivo "mostrar um outro lado humano.” A iniciativa funcionou como um aperitivo para as conferências sobre a morte, no dia 14, também organizadas pelo núcleo. Guilherme Leitão planeia no prazo médio criar uma revista onde sejam publicados trabalhos de alunos de Filosofia direccionados a todas as pessoas interessadas e envolvidas com a UBI. “A Filosofia está viva. O governo não tem apoiado o nosso curso e é muito difícil trabalhar e pensar nestas condições. Todos os países precisam de Filosofia. Acredito que reside na UBI o centro principal da Filosofia em Portugal. Temos o melhor grupo de docentes do país e nós mexemo-nos e fazemos coisas”, garante Guilherme Leitão.
Segundo os elementos do núcleo, o motivo que os levou a realizar pela segunda vez este evento foi aproveitar a altura da Primavera para transportar os festejos tradicionais da Grécia Antiga, também com início por esta altura, para a UBI. Os festejos realizados em honra do Deus Dionísio, deus do vinho e da vegetação, eram conhecidos por inspirar adoração ao êxtase e culto às orgias.
O início da reedição da celebração deu-se com um animado jantar convívio entre alunos de LCP (Línguas e Cultura Portuguesa) e Filosofia, no Restaurante Barriga Cheia. Mais tarde estes mesmos estudantes veriam uma apresentação informal no Museu dos Laníficios (Núcleo Real Fábrica Veiga) do livro "Do sentido das coisas", da autoria do professor André Barata e Rita Taborda Duarte, ambos docentes na UBI. Seguiu-se um recital de poesia e uma animação musical onde participaram David Lopes na guitarra e Pedro Guilherme no órgão.
Já o segundo dia preencheu-se com uma passagem de modelos vestidas por Luís Vaz e a sua colecção Primavera/Verão "Night and day". A IV Ramboiada de Filosofia decorreu no Bar Académico e contou com uma churrascada e animação musical por parte da Tuna feminina da UBI as "Moçoilas".
Para contentamento de dezenas de miúdos, sexta-feira os alunos do curso realizaram uma entrega de prendas na Casa do Menino Jesus, e o último evento seria um jantar de aniversário do Blog "Sexto Empírico", onde descontraidamente se comeu bolo e bebeu champanhe.
A organização no final revelou estar “bastante cansada”, mas todos os elementos se sentiam felizes. "Valeu a Pena. Ser estudante não é só estudar”, resumiu Daniel Lopes.

> daniel . f . m . lopes @ gmail . com em 2007-06-18 21:05:32
"Valeu a Pena. Ser estudante não é só estudar”- Nunca disse nada disto, quantas interpretações lhe querem dar (mal) ou (bem), tenha cuidado no sentido da conotação das palavras que usa. Ainda por cima revela desconhecimento em matéria de história da cultura clássica...São os jornalistas que temos no nosso pais... Daniel Lopes

> leitao_castanheira @ hotmail . com em 2007-06-17 17:46:31
O seu homologo romano é -Baco. (e não grego) Eu disse isso... Guilherme Leitao