Voltar à Página da edicao n. 435 de 2008-05-27
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
 
A venda da AdC volta a dar que falar na assembleia municipal

Deputados acabam com providência cautelar

Uma assembleia municipal extraordinária serviu para “deitar por terra” as pretensões da providência cautelar interposta por Jorge Fael, deputado comunista. O documento apresentado no Tribunal Administrativo de Castelo Branco ficou agora sem efeito.

> Eduardo Alves

O dossier da venda de 49 por cento da empresa municipal Águas da Covilhã continua a dar que falar. Desta vez, uma providência cautelar interposta por Jorge Fale, deputado do PCP na Assembleia Municipal da Covilhã fez com que este órgão se reunisse de forma “extraordinária”.
Um encontro que serviu para aprovar uma resolução camarária que visa transformar a venda do capital da empresa num acto de “interesse público”. Isto depois de Jorge Fael ter apresentado no Tribunal Administrativo de Castelo Branco, uma providência cautelar que ia no sentido de anular as decisões tomadas no decorrer da última assembleia municipal, quando a alienação de 49 por cento da AdC foi aprovada.
Ao receber o documento, a Câmara da Covilhã colocou o mesmo a votação na reunião da passada semana. Como a maioria dos vereadores votaram a favor da venda das águas e do “interesse público” desta operação, essa mesma medida teria de ser apreciada e votada pela assembleia municipal. Um acto que veio a acontecer na passada sexta-feira.
A proposta foi novamente a votos e a maioria dos deputados sociais-democratas na assembleia aprovou a venda e o “interesse público” da operação. Um passo suficiente para invalidar a providência cautelar interposta por Fael. A discussão do tema foi feita numa reunião marcada pelos protestos da oposição.
Hélio Fazendeiro, deputado do Partido Socialista manifestou o seu descontentamento pela forma como os vereadores sociais-democratas se mostraram nesta reunião. Em declarações ao jornal Diário XXI, o deputado sublinha que “é espantoso que a Câmara venha apresentar este ponto e não explique aos deputados porque deveremos votar favoravelmente. É de uma arrogância, uma prepotência, um desrespeito pela democracia”.
Também Jorge Fael, se mostrou desagradado com a forma com que foi tratado pelo vice-presidente do município. O deputado comunista exigiu mesmo um pedido de desculpas a Esgalhado por este ter dito aos jornalistas que a providência cautelar tinha sido interposta por um “representante sindical”. Fael lembrou que qualquer cidadão, independentemente da sua ocupação profissional pode fazer valer os seus direitos.


A venda da AdC volta a dar que falar na assembleia municipal
A venda da AdC volta a dar que falar na assembleia municipal


Data de publicação: 2008-05-27 00:03:23
Voltar à Página principal

2006 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior