Voltar à Página da edicao n. 440 de 2008-07-01
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Cristina Fael foi a responsável pelos testes

Docente da UBI projecta ponte de Saragoça

O Pavilhão Ponte, um dos principais ícones da Expo Zaragoza 2008, foi testado na UBI. Cristina Fael, docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da instituição covilhanense é a responsável pelas medidas de protecção das estacas que suportam esta estrutura.

> Eduardo Alves

Foi no canal do Laboratório de Hidráulica da UBI que decorreram os testes a uma maqueta feita à escala do Pavilhão Ponte que está construído nas margens do rio Ebro no âmbito da Expo Zaragoza 2008.Cristina Fael, docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura, da instituição covilhanense, apresentou as suas provas de doutoramento no passado mês de Janeiro. Um estudo sobre Erosões e Medidas de Protecção “que teve por base alguns testes realizados também neste canal”. Durante todo o trabalho e entre os jurados da sua tese contou com a presença de Joan Pedro Mantin Vid, docente da Universidade Politécnica da Catalunha e que estava também ligado à construção da estrutura que agora alberga o pavilhão de Espanha na exposição internacional.
Esta ponte, que é também um pavilhão, mostra uma exposição intitulada “Água, recurso único” e apresenta um desenho bastante singular. A arquitecta Zaha Hadid, desenhou esta construção em forma de gladíolo com apoios em ambas as margens do rio e um suporte central em forma de cálice.
Foi precisamente esse suporte, que está em contacto directo com o rio e com a água “que foi testado na UBI”. Cristina Fael começa por explicar que o papel da UBI neste processo passou por “projectar uma medida de protecção com enrrocamentos”. Isto porque, o estudo de Hidráulica Fluvial e as várias análises prévias realizadas pela “Eptisa” a empresa responsável pela construção do pavilhão de Espanha, “apontavam cavidades de erosão de cerca de 25 metros para o conjunto das dez estacas que suporta aquela parte da ponte”. A profundidade máxima que esta cavidade poderá alguma atingir não passa dos seis metros. A apreensão dos responsáveis levou-os a procurarem ajuda académica para se encontrada uma solução.
“O professor Martin Vid foi então contactado para elaborar um plano de protecção, o que implicava a realização de testes e análise de resultados”, adianta a docente da UBI. Como este académico espanhol “tinha conhecimento do trabalho e das instalações que tínhamos na UBI, fomos então convidados a realizar esses testes”. Hoje, a maqueta do pavilhão ainda está na Covilhã e depois de uma bateria de testes “saíram as indicações para a dimensão das pedra e das plantas e para a forma do enrrocamento de protecção da ponte”. Cristina Fael, que vê assim as suas pesquisas aplicadas na prática adianta que “a solução apontada pela UBI já teve o seu primeiro grande teste, logo com uma cheia nos primeiros dias da exposição”. Ainda assim, as medidas de protecção “terão sempre de ser monitorizadas, até porque, não se trata de um material fixo, como o betão, por exemplo, o recurso a este tipo de material faz também com que, no futuro, exista alguma inspecção e até reposição de algum material que possa ser desviado do seu lugar”, explica a docente.
No futuro, Cristina Fael acredita que a UBI possa acolher outros trabalhos de vulto, similares ao da Expo 2008, Uma vez que, segundo o docente catalão responsável máximo por todo o estudo, “a instituição covilhanense possui uma das melhores instalações da Península Ibérica, nesta área”, sublinha.


Cristina Fael foi a responsável pelos testes
Cristina Fael foi a responsável pelos testes


Data de publicação: 2008-07-01 00:00:00
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