Voltar à Página da edicao n. 452 de 2008-09-23
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Com a chegada de novos alunos à Covilhã o mercado de arrendamentos ganha vida

Uma casa para morar

O começo de mais um ano lectivo é também um período de novos habitantes para a Covilhã. Numa semana, a cidade recebe cerca de 1200 novos alunos e é necessário encontrar casa para a grande maioria destes. Com um mercado cada vez mais competitivo e sem regulação, as ofertas nem sempre correspondem à verdade.

> Eduardo Alves

Faz parte do ritual das matrículas, para os alunos deslocados que ingressam no Ensino Superior, procurar um quarto ou uma casa onde morar. A Universidade da Beira Interior, mesmo sendo a instituição universitária nacional com mais oferta de residências através do Serviço de Acção Social, é também uma das que apresenta maior taxa de alunos oriundos de zonas distantes.
São cerca de 80 por cento os estudantes da instituição covilhanense que se encontram afastados da sua terra-natal. Um factor que leva a grande maioria destes a procurar um quarto ou uma casa para partilhar com colegas. A Covilhã passa assim, durante estes dias, a ser palco de um vasto mercado de arrendamento.
Para quem vem pela primeira vez à “cidade neve”, como é o caso de Ricardo Ferreira e Daniela Costa, a procura de uma nova residência mostra-se uma tarefa bastante difícil. Os dois jovens, naturais da Madeira, querem uma casa para partilhar. “Como somos namorados vamos tentar encontrar um pequeno apartamento para ficar os dois”, começa por explicar o jovem de 20 anos, que a partir desta semana começa a estudar Design Industrial. O grande problema “é o preço que pedem por uma casa”, acrescenta Daniela Costa. A jovem escolheu a UBI por ser a instituição para onde o seu namorado também queria vir estudar “e por termos muitas boas referências dos cursos e de tudo o que está relacionado com a escola”.
A decisão de partilharem casa coloca de lado uma possível candidatura às residências da UBI, “mas as casas que vimos até aqui e que gostámos apresentam preços muito acima do normal”, explica o caloiro de Design Industrial. Depois de dois dias dedicados apenas à procura da nova residência, o cansaço vai tomando conta dos dois novos alunos. Para além de que “a cada dia que passa parece que as casas aumentam de preço”, confessa Daniela.
Experiência semelhante à de Vera Isca. A aluna de Bioquímica da UBI veio de Olhão para a Covilhã. Apesar de estar a frequentar o mesmo curso na Universidade do Algarve, optou pela transferência para a UBI, sobretudo “porque o curso me pareceu bastante melhor”. Já o que não parece agradar a esta jovem algarvia “é o preço dos quartos”.
Uma das maiores dificuldades “é a selecção das casas”. Segundo os novos alunos, “deveria existir um maior controlo sobre as ofertas”, diz Vera Isca. A nova aluna de Bioquímica recorda que “quase sempre o que está no anúncio não está no casa ou no quarto”. Para além disso “uma melhor localização das casas que estão para alugar e a colocam de fotos” são aspectos também em falta, confessa Ricardo Ferreira.
Ainda assim, este ano a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) disponibiliza este ano, pela primeira vez, um mapa interactivo onde é possível situar de forma mais pormenorizada algumas das casas que estão disponíveis para alugar. Luís Fernandes, presidente da academia, é o primeiro a dizer que ainda “muito terá de ser feito nesta área”. Contudo, “o apoio que a AAUBI está a prestar este ano tem tido uma receptividade bastante positiva por parte dos novos alunos”. O responsável máximo pela academia adianta que o mercado de arrendamento “está a melhorar, mas ainda não é o ideal”. Por enquanto, a academia “vai continuar a informar os alunos da UBI sobre o preço médio das casas, a melhor localização em relação aos pólos e sobre possíveis incumprimentos que estejam a ser feitos”.
Já quem arrenda parece pouco disposto a falar. Nas imediações da UBI depressa se encontra quem esteja disposto a alugar um quarto, a ajudar a procurar uma casa para os novos estudantes. Mas assim que se pedem declarações para a Comunicação Social, a grande maioria prefere retirar-se. Ainda assim, o Urbi encontrou quem, sob o anonimato, falasse sobre este mercado. Uma proprietária de um imóvel nas imediações do Pólo I da instituição covilhanense tentar, a meio da semana, alugar “o último quarto que tenho disponível”. Numa casa de dois pisos, um serve de habitação para esta sexagenária aposentada e o outro “foi todo remodelado e tem quatro quartos para estudantes”.
A oferta de casas “melhorou nos últimos anos” e agora parece ser cada vez mais difícil encontrar que queira casas com várias décadas. Para além disso “as imobiliárias estão a entrar neste mercado e nem sempre da forma mais cordial”, adianta esta proprietária. Mas “é a vida”, acrescenta, enquanto vai distribuindo pequenos pedaços de papel com algumas indicações do quarto e números de contacto. Na próxima semana, com a publicação dos resultados da segunda fase do concurso, as portas voltam a estar abertas.

> familiamoreiramendes @ sapo . pt em 2008-09-26 10:59:52
Estive á procura de casa para o meu filho morar corri as ruas da Covilhã e encontrei casas que são uma vergonha oferecer para alugar. No final encontrei uma casa em condições mas os transportes públicos são muito maus não há transportes para os alunos chegarem a horas á universidade.


Com a chegada de novos alunos à Covilhã o mercado de arrendamentos ganha vida
Com a chegada de novos alunos à Covilhã o mercado de arrendamentos ganha vida


Data de publicação: 2008-09-23 00:00:00
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