Voltar à Página da edicao n. 476 de 2009-03-03
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
Director: João Canavilhas Director-adjunto: Anabela Gradim
      Edição: 476 de 2009-03-03   Estatuto Editorial   Equipa   O Urbi Errou   Contacto   Arquivo  
As conferências do IFP voltaram a lembrar grandes vultos da Filosofia

A actualidade de Carl Schmitt

A actualidade do pensamento de Carl Schmitt foi objecto de discussão por três especialistas sobre o Pensamento de Carl Schmitt. As Conferências sobre o Pensamento de Carl Shmitt, promovidas pelo Instituto de Filosofia Prática, tiveram lugar na Sala dos Conselhos no Pólo I da UBI no passado dia 26 de Fevereiro.

> Sara Susano

O ensaísta alemão Günter Maschke de Frankfurt, o professor de Ciência Política na Universidade de Múrcia, Jerónimo Molina e o professor de Filosofia Social e Política na Universidade de Coimbra, Alexandre Franco de Sá, conferenciaram sobre a teoria do actual e também controverso filósofo Carl Schmitt, que provoca diferentes pontos de vista devido, exactamente, a estas características.
Tendo como ponto em comum o Pensamento de Carl Schmitt, os três convidados falaram sobre o filósofo e sobre a sua teoria, associando-a a diferentes aspectos actuais, no caso do ensaísta Günter Maschke e do professor Jerónimo Molina, e a aspectos ligados à sua vida no caso do professor Alexandre Franco de Sá. Günter Maschke conferenciou sobre a actualidade de Carl Schmitt. Segundo o ensaísta alemão, Schmitt é o filósofo com a mentalidade mais jovem, defendendo  que “Schmitt é muito mais actual que muitas técnicas de ciência política”. Maschke fez também uma análise entre a Segunda Guerra Mundial e a importância da linguagem para a criação de relações amistosas. Segundo o ensaísta, e tendo em conta o pensamento schmittiano, o agressor normalmente é quem não tem outra saída.
Por sua vez, Jerónimo Molina debruçou-se sobre um dos ensaios escritos por Carl Schmitt intitulado por Die Diktatur (“A Ditadura”) dando à sua conferência três grandes pontos de interesse: 1- Contextualização contemporânea da obra; 2- Realce de alguns aspectos importantes sobre a ditadura dando o exemplo da “ditadura disfarçada” de Hugo Chávez na Venezuela; 3- Ditaduras ou golpes de estado importantes. Por fim, Alexandre Franco de Sá, ao contrário dos seus colegas de mesa, que falaram da actualidade de Carl Schmitt, falou da relação próxima do filósofo com o Nacional-Socialismo referindo aspectos fundamentais do filósofo que se podem inserir na actualidade.
No final das conferências dos três entendidos no Pensamento de Carl Scmitt o mediador José Manuel Santos deu tempo para a colocação de perguntas ou de críticas ao que foi dito, o que gerou mais alguma discussão sobre a teoria do filósofo alemão visto que alguns participantes na conferência expuseram pontos de vista diferentes. 


As conferências do IFP voltaram a lembrar grandes vultos da Filosofia
As conferências do IFP voltaram a lembrar grandes vultos da Filosofia


Data de publicação: 2009-03-03 00:02:00
Voltar à Página principal

2006 © Labcom - Laboratório de comunicação e conteúdos online, UBI - Universidade da Beira Interior