Rafael Mangana em quarta, 28 de dezembro de 2016
Terminado o Ensino Secundário, desenvolver os conhecimentos adquiridos em Física e adaptá-los à área da Saúde era o objetivo para o Ensino Superior. Em 2005, entrava na UBI pela porta do curso de Ciências Biomédicas. Depois da Licenciatura, seguiu-se – também na UBI - o Mestrado. Prestes a defender a tese de Doutoramento, Ana Catarina Mamede é, hoje, uma investigadora de sucesso.
Ana Catarina Mamede
Urbi et Orbi: Porquê a UBI e porquê Ciências Biomédicas?
Ana Catarina Mamede: O curso de Ciências Biomédicas foi uma opção quando terminei o secundário pela oferta de uma ampla formação multidisciplinar, permitindo-me aplicar princípios da Física – de que sempre gostei muito - à área da Saúde. Em 2005, ano em que me candidatei ao Ensino Superior, candidatei-me à UBI numa das últimas opções disponíveis uma vez que o curso de Ciências Biomédicas tinha surgido na universidade e no país nesse mesmo ano. Para além deste fator, a distância à cidade de onde sou natural – Peniche - era francamente desanimadora. No entanto, rapidamente percebi que o meu ingresso na UBI tinha sido um feliz “acidente”.
U@O: Que memórias guarda desses tempos?
ACM: Enquanto caloira, a receção na UBI e na Covilhã foi espetacular. Numa cidade distante, onde inicialmente não conhecia ninguém, nunca me senti só durante os primeiros meses. Durante todo o meu percurso académico fiz inúmeros amigos e conheci professores que inspiraram muitas das opções profissionais que tenho feito até agora. Considero que a formação que a UBI me ofereceu na área das Ciências Biomédicas é extremamente sólida e que os conhecimentos adquiridos durante todo o percurso académico me têm permitido adaptar a diferentes projetos e planos profissionais.
U@O: Sente que, por ser um meio mais pequeno, pode haver vantagens de se estudar na UBI?
ACM: Considero que há inúmeras vantagens em estudar na UBI. A Covilhã é uma cidade muito calma que recebe muito bem os estudantes. O ambiente estudantil na Covilhã é perfeito e a integração ocorre de forma muito natural.
U@O: Como tem sido o seu percurso profissional até agora?
ACM: Durante o segundo ano de Mestrado em Ciências Biomédicas, decidi contactar o Instituto de Imagem Biomédica e Ciências da Vida (IBILI) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e desenvolver, em parceria com o Departamento de Física da UBI, a minha tese de Mestrado na área da Medicina Nuclear.
Posteriormente, candidatei-me ao Doutoramento em Biomedicina e, após ter recebido uma bolsa da Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia (FCT), desenvolvi a minha tese no âmbito de uma parceria entre o CICS-UBI e o IBILI. Encontro-me atualmente a aguardar pelo agendamento da defesa.
Curiosamente, durante o Doutoramento descobri a área da Comunicação Científica e em 2015 criei a Research Trial. A Research Trial é uma empresa que pretende promover e divulgar a investigação científica através de plataformas dedicadas e de diversos serviços de comunicação científica.
Paralelamente, e para além do trabalho que desenvolvi enquanto aluna de Doutoramento, continuo a trabalhar na área da investigação no Centro de Investigação em Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia (CIMAGO) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e tenho vindo a colaborar em diversos projetos na área da promoção da Saúde.
U@O: Que conselhos pode deixar a um aluno da UBI que esteja neste momento em Ciências Biomédicas para ter sucesso nesta área?
ACM:Por ser uma área multidisciplinar, um aluno de Ciências Biomédicas pode encontrar o sucesso em inúmeras áreas. Penso que o essencial para que tal aconteça é acumular um grande número de experiências para que se possa eleger uma área em que encontre simultaneamente realização pessoal e profissional.
Perfil:
Nome: Ana Catarina Mamede
Naturalidade: Peniche
Curso: Ciências Biomédicas
Ano de Entrada na UBI: 2005
Livro preferido: "O Código Da Vinci", de Dan Brown
Filme preferido: "O último samurai"
Hobbies: Ouvir música, ler e escrever