Urbi - Quais os princípios orientadores desta lista?
Manuel Santos Silva - Da nossa experiência e observação atenta do percurso da UBI e das grandes questões contemporâneas, considerando os grandes desafios que se colocam à Universidade, baseamos as nossas propostas nas seguintes linhas orientadoras: a clara assunção de que os estudantes são a primeira razão de ser da universidade; a clara assunção de que a qualidade do ensino e da ligação à comunidade dependem da qualidade da investigação; a convicção de que a universidade, para cumprir a sua missão, deve ser fonte de futuro, isto é, criar esperança e perspetivas de futuro; a convicção de que a gestão de recursos humanos deve nortear-se pela coesão, humanismo e inclusão; a promoção do mérito e da cultura de exigência num clima de respeito e justiça; o fomento da responsabilidade, confiança e autoestima pessoais conducentes a posturas empreendedoras, participadas e proactivas; a criação de um ambiente que incentive a criatividade e a inovação; a consolidação da oferta formativa nos três ciclos de estudos; a consolidação das unidades de investigação; o reconhecimento da importância da diversidade e da interdisciplinaridade; o reconhecimento da importância de uma gestão mais participada da Instituição; o incremento da internacionalização como dinâmica de modernidade e abertura ao mundo; a criação de condições que visem a obtenção de ganhos de eficiência que levem ao aumento da dignidade dos serviços; o aprofundamento da relevância emergente da localização geográfica para o desenvolvimento do País; a necessidade do aumento de receitas próprias e incremento da ação social, face à atual situação económica e a afirmação prestigiada da instituição, transversal à racionalização da rede do ensino superior.
Urbi - O que diferencia a lista B das restantes duas listas?
Manuel Santos Silva - Temos todo o respeito pelas listas candidatas ao Conselho Geral, pelo que não vamos fazer comparações. Vamos sim referir o que consideramos ser marcante nas propostas da Lista B.
A nossa origem resulta de um movimento de base de professores das cinco faculdades da UBI, interessados em pensar a Universidade e dar o seu contributo para o futuro da mesma. Pretendemos em primeiro lugar dignificar o Conselho Geral, pois o que está agora em causa é a eleição do principal órgão de gestão da Universidade.
Defendemos um Conselho Geral mais participativo, não um órgão que se limite a analisar os documentos enviados pelo reitor, mas que tome iniciativas de debater e fazer propostas sobre os assuntos relevantes para a vida da Universidade, sem contudo colidir com as competências do reitor.
Pomos no centro das nossas atenções as pessoas, estudantes, professores e funcionários. A Universidade tem de considerar as pessoas, criando um ambiente em que todos, sem exceção, docentes, estudantes, funcionários e responsáveis pela gestão, sejam capazes de se mobilizar e unir, colocando a UBI em posição de destaque, ao nível nacional e internacional.
Estamos preocupados com a racionalização da rede de Ensino Superior e com o futuro da UBI enquanto elemento dessa rede. Esta racionalização exige uma atitude proactiva de participação empenhada por parte da UBI, sendo considerado um erro colocarmo-nos como sujeitos passivos de decisões externas.
Debater o percurso futuro da UBI, no quadro do Plano 2020, considerando a sua história, as suas potencialidades, a localização geográfica, o carater universalista da universidade visando o seu progresso.
Defenderemos como membros do Conselho Geral a eleição de um reitor com perfil que reúna experiência de gestão universitária (académica, financeira e de recursos humanos); visão alargada das grandes questões do nosso tempo; personalidade pluralista; carater empreendedor e determinado; facilidade de negociação; capacidade de diálogo e tolerância, mas com capacidade de decisão; espirito inclusivo e dinamizador de equipas; inspirador de credibilidade e confiança.
Urbi - Que resultado espera deste ato eleitoral?
Manuel Santos Silva - Esperamos que o ato eleitoral seja participado e se realize com elevação, dignificando a UBI e o seu Conselho Geral.
Estamos convictos que a Lista B apresenta as propostas certas para o desejado desenvolvimento futuro da UBI. Estamos também convictos que estas propostas são credibilizadas pelos candidatos que as propõem, considerando os seus trajetos coerentes de participação empenhada na vida da Universidade.
Por estas razões, estamos confiantes que o corpo de professores e investigadores nos irá dar a responsabilidade de termos uma participação expressiva no próximo Conselho Geral da UBI.
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