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Em 2004, a Auto-estrada da Beira Interior deverá estar concluída

 

 

 

 

 

 Na Covilhã, Fundão e Belmonte
Estudo disponível
até 23 de Março

O Estudo de Impacto Ambiental referente ao troço do IP2 Teixoso-Alcaria está disponível ao público até 23 de Março, nas Câmaras Municipais de Belmonte, Covilhã e Fundão. O resumo não técnico também se encontra disponível, na Junta de Freguesia das localidades afectadas.
Todos os munícipes poderão emitir as suas opiniões, sugestões ou reclamações por escrito, dirigindo-as ao presidente do Instituto de Promoção Ambiental do Ministério do Ambiente. Podem entregá-las nos locais de consulta ou enviá-las directamente para o instituto.


Numa iniciativa inédita do Ministério do Ambiente
Impacto Ambiental do IP2
apresentado ao público na UBI

Proprietários e projectistas das obras do IP2 estiveram na UBI para ouvir e esclarecer os munícipes sobre o novo lanço, Teixoso-Alcaria, a começar em 2001. A adesão "não foi muito significativa", mas os responsáveis interpretaram o facto como sinal da "aprovação geral" do projecto.

Todas as dúvidas relativas ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do troço do IP2 Teixoso-Alcaria puderam ser esclarecidas na última terça-feira. O Instituto de Estudos Ambientais do Ministério do Ambiente organizou um balcão de esclarecimento público na Universidade da Beira Interior (UBI), onde reuniu representantes da SCUTVIAS, empresa a quem foi concessionada a obra, da INTEXA, projectista da estrada em conjunto com a COBA, e da IMPACT, responsável pelo Estudo de Impacto Ambiental.
A equipa esteve reunida no Pólo I da UBI das 16 às 19h, onde recebeu todas as pessoas que tinham dúvidas ou propostas a apresentar em relação ao projecto do traçado. O lanço Teixoso-Alcaria, com uma extensão de cerca de 19 quilómetros, atravessa as freguesias de Caria, Teixoso, Peraboa, Ferro, Tortosendo e Alcaria, que correspondem aos concelhos de Belmonte, Covilhã e Fundão.
Esta sessão de esclarecimento quis dar aos munícipes das freguesias afectadas a oportunidade de esclarecer dúvidas, colocar questões e particularizar os problemas colocados, numa primeira fase de elaboração do projecto, pelas Câmaras Municipais, relativos às acessibilidades.
A participação pública, inserida numa segunda fase, pretende fazer com que o projecto se adapte o mais possível às necessidades particulares de cada um.

Adesão pouco significativa

Um dos casos apresentados aos responsáveis refere-se a uma quinta de Alcaria onde irá passar a estrada. O proprietário foi pedir uma ligeira alteração no percurso, para não afectar um furo de captação de água que tem no terreno. De acordo com Isabel Rosmaninho, da divisão de promoção pública do Instituto de Estudos Ambientais, este exemplo ilustra o tipo de problemas e sugestões apresentados na tarde de terça-feira.
A decisão de promover uma sessão de esclarecimento para o público, com atendimento personalizado por parte do dono da obra, foi uma iniciativa quase inédita do Ministério do Ambiente, só repetida em 1998 relativamente à Via do Infante, no Algarve.
"A adesão a esta iniciativa não foi muito significativa", referiu Silva Rego, da SCUTVIAS. No entanto, de acordo com este responsável "não haver muita gente é sinónimo da aceitação geral", afirmou convicto de que quem de facto tinha problemas a colocar apareceu.

Parecer do Ministério do Ambiente em Abril

A terceira fase na elaboração do EIA decorreu também na UBI, na quarta-feira, onde os mesmos responsáveis apresentaram o projecto às mais diversas entidades, entre as quais algumas associações ambientais.
De acordo com Artur Correia, da IMPACT, "todas as propostas serão devidamente consideradas". No entanto, refere que a escolha deste percurso está inserida numa "estratégia ambiental considerada a mais adequada por técnicos e pelas mais diversas entidades". O controlo ambiental que está a ser feito abrange não só a fase de avaliação, como a da execução e a da exploração, "colocando a SCUTVIAS um passo à frente da legislação, que só agora está a ser preparada neste sentido", adianta ainda.
No final, o Instituto de Estudos Ambientais vai criar um relatório, com base no qual o ministro do Ambiente, José Sócrates, se pronunciará sobre a obra. O parecer do ministério está previsto para o final de Abril.

Dentro de quatro anos: "180 quilómetros em pleno"

De acordo com Silva Rego, os cerca de 180 quilómetros da scut Abrantes-Guarda estarão a funcionar em pleno em 2004. Para a próxima quarta-feira, 8, está já prevista a abertura do troço Abrantes-Mouriscas.
O representante da SCUTVIAS revelou ainda que, em Maio, terão início as obras nos lanços Mourisca-Gardete, Benespera-Belmonte, e Guarda-Benespera, cuja conclusão se prevê para 2002.
Para o próximo ano ficam o troço Alcaria-Teixoso, agora em estudo, a duplicação do troço Gardete-Castelo-Branco, e ainda a duplicação do túnel da Gardunha.

Catarina Moura






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