Associativismo da Covilhã de
boa saúde
Oriental acolhe estudantes
O CCD Oriental de S. Martinho é
uma associação que se preocupa, sobretudo, com
os jovens e, por isso, pretende manter a boa relação
que tem com os estudantes da UBI, que desde a chegada da universidade
à Covilhã, passaram a frequentar aquele espaço.
Com metade do nome vindo de Lisboa, onde
em 1954 "Oriental" nomeava uma antiga associação,
e outra metade nascida na freguesia de S. Martinho, o Centro
Cultural e Desportivo (CCD) Oriental de S. Martinho mostra, ao
longo de quase 46 anos, o verdadeiro sentido da palavra associativismo
pela boa relação com os que são da terra
e com os que são de fora.
Desporto, música, actividades culturais e um espaço
de convívio são o "cimento" da associação,
que à semelhança de muitas das suas congéneres,
luta com dificuldades de financiamento.
O pavilhão desportivo, inaugurado há um ano, mesmo
ainda sem balneários, permite boas condições
para as actividades desportivas. Entre elas, as mais activas
são o voleibol infantil, o futebol juvenil, a ginástica
de manutenção de adultos, e a equipa de ténis
de mesa, que realiza o melhor torneio do país e vários
intercâmbios nacionais e internacionais.
Das áreas cultural e recreativa fazem parte o grupo de
cantares populares, o grupo coral infantil, orientado por uma
professora de música, a escola de música que, com
o protocolo com a banda da cidade, é dirigida gratuitamente
por um maestro, o grupo de teatro adulto e infantil e o grupo
de dança jazz juvenil.
O Natal da Criança, uma festa onde os filhos dos sócios
são presenteados, e a participação activa
nas Marchas Populares, onde a associação tem arrecadado
alguns prémios, como aconteceu em 1999, onde a Marcha
Infantil obteve o primeiro lugar, são actividades fixas
que o Oriental já não pode esquecer.
Nas instalações funciona ainda uma sala de reformados,
onde jogando ou conversando, os mais idosos passam o tempo; um
salão de jogos com snoocker, matraquilhos e máquinas;
e um bar que pertence à associação, mas
tem um arrendatário.
Oriental e UBI: uma relação
fraterna
A cantina da Boavista, que se encontra
a escassos metros, é a principal responsável pela
afluência de alunos e funcionários da universidade
ao local, sobretudo nas horas do almoço e do jantar. Na
opinião dos estudantes, as vantagens são muitas:
o Oriental "fica a caminho", os preços do bar
"são aliciantes" - café a 55 escudos
- e os jogos ajudam a esquecer que se tem de voltar às
aulas. "Eu e os meus colegas frequentamos o Oriental porque
passamos lá para ir para a UBI, tem a bica mais barata,
e os jogos ajudam a descontrair", confirma José Vieira,
estudante de Engenharia Civil.
Embora sejam os sócios os protagonistas da casa, quando
os estudantes estão de férias a sua ausência
é notável. "Sente-se a falta ao nível
do ambiente, não tem nada que ver com o que a massa associativa
proporciona", afirma o secretário.
Os estudantes ubianos também utilizam as instalações
para realizarem algumas actividades, sobretudo festas, agora
facilitadas com o novo pavilhão. Entre elas destacam-se
a Megachurrascada de Engenharia Electromecânica, a preparação
da Latada, e alguns eventos desportivos.
"Para o Oriental S. Martinho os estudantes são importantíssimos,
porque nos dão vida e, ao mesmo tempo, queremos integrá-los
na nossa vida associativa", sublinha Francisco Mota.
O "Oriental" nasceu a 27 de Julho de 1954. Os fundadores
foram, entre outros, António Torrão, Francisco
Bicho, António Borges, Raúl Pereira da Cruz, António
Abreu, António Bicho e Lanzinha.
Esta "associação desportiva, cultural e recreativa",
como lhe chama Francisco Mota, secretário da direcção
e dinamizador cultural, tem 1200 associados. Estes pagam uma
quota mensal de acordo com a idade e com o sexo, tendo as crianças,
as senhoras e os reformados uma quota inferior. Com dificuldades,
como todas as outras, a associação conta com apoios
da Câmara Municipal, do Inatel, da Junta de Freguesia,
do Governo e do Instituto Português da Juventude (IPJ).
Rita Lopes
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