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O ministro da Cultura foi uma das personalidades portuguesas presentes no colóquio


Portugal é convidado
no Salão do Livro de Paris

A 20ª edição do Salão do Livro de Paris, onde Portugal é o país convidado, terá lugar de 16 a 22 de Março no Parque de Exposição da Porta de Versalhes, em Paris.
O Salão será inaugurado, no dia 16 à noite, pelos presidentes Jacques Chirac e Jorge Sampaio. Os Chefes dos Governos de Portugal e da França, António
Guterres e Lionel Jospin, visitam o Salão no dia 17 de Março, dia de abertura ao público do maior certame europeu do livro.
No quadro do Salão do Livro de Paris, realizou-se na última quinta-feira um colóquio subordinado ao tema "Portugal, Sonho e Descobertas", na Universidade da Sorbonne.
Os participantes foram recebidos, no Grande Anfiteatro, pelo presidente do município de Paris, Jean Tibéri, e por René Blanchet, reitor da Academia de Paris.
Serge Eyrolles, presidente do Sindicato Nacional da Edição e do Salão do Livro, deu início aos trabalhos, que decorreram durante todo o dia, divididos em três painéis: a Literatura portuguesa, intimista a cosmopolita; Portugal/França: culturas cruzadas; e Portugal: sonho e descobertas.
Na parte da manhã foi abordado o tema "A Literatura Portuguesa, intimista e cosmopolita", moderado por Eduardo Prado Coelho, comissário da representação portuguesa no Salão do Livro de Paris.
Participaram neste painel Nuno Judice, poeta, romancista e Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em Paris, José Blanco, administrador da Fundação Gulbenkian, Teresa Ritta Lopes, escritora e professora na Universidade Nova de Lisboa, José Augusto França, professor da Historia da Arte, assim como Anne-Marie Quint e Marie-Hélène Piwnik, respectivamente professores nas
Universidades de Paris III e IV.
No início da tarde, foi abordada a problemática das culturas cruzadas entre Portugal e a França. "Qual é hoje o lugar da França em Portugal? -Qual é a nova imagem que os franceses têm de Portugal? -Que futuro entre dois países que continuam ainda por redescobrir?" foram algumas das questões colocadas neste debate em que participaram a escritora Maria Isabel Barreno, Conselheira da Educação da Embaixada de Portugal em
Paris, Francisco Bethencourt, escritor e Director da Fundação Gulbenkian de Paris, Francisco João Caraça, Director do Serviço de Ciências da Fundação Gulbenkian de Lisboa, e Vitorino Magalhães Godinho, historiador, economista e antigo ministro da Educação.
Completam este painel, moderado pelo professor Pierre Rivas, a editora Anne-Ma rie-Métailié, e Solange Parvaux, Inspectora-geral honorária da Educação Nacional, e presidente da ADEPBA (Associação para o desenvolvimento dos estudos portugueses, brasileiros, da África e da Ásia lusófonas).
A jornada terminou com o tema, "Portugal: sonho e descobertas", moderado pelo antigo presidente da República portuguesa, Mário Soares.
"Se um país é hoje uma comunidade imaginária, é compreensível que o sonho seja a forma mais entusiástica desta imaginação. No caso português, este sonho tem, como todas as paixões, a dimensão do mar. (...) Para os portugueses contemporâneos, falar de descobertas é falar do futuro".
Participaram no debate o ministro português da Cultura, Manuel Maria Carrilho, os antigos ministros da Cultura do Brasil e da França, respectivamente José Aparecido e Jack Lang, os filósofos Eduardo Lourenço e Edgar Morin, e António Costa Pinto, professor no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e na Universidade Europeia de Florença.





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