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             Autarca quer falar  
            com Capoulas Santos 
             
            A concretizar-se esta medida governamental, o equilíbrio
            económico de alguns concelhos do distrito de Castelo Branco
            será abalado. Idanha-a-Nova sofrerá, talvez, o
            maior revés. As razões que apontam para esta conjuntura
            são simples: 60 por cento da produção de
            tabaco nacional é produzida neste concelho; emprega, de
            forma directa e indirecta, 57 por cento da população
            activa da vila; e, de acordo com informações fornecidas
            pela APT, só em Idanha, o investimento acumulado ronda
            quase três milhões de contos. Alguns responsáveis
            locais, neste momento, erguem a sua voz ao alertarem para as
            graves repercussões que a crise do tabaco pode acarretar
            para a região.  
            Francisco Baptista, presidente do município de Idanha-a-Nova,
            avisa que não são apenas os rendimentos dos agricultores
            que estão em causa. Na sua opinião, devido aos
            créditos bancários assumidos, a sobrevivência
            da banca local também está em risco. "Os agricultores
            investiram na modernização das suas explorações.
            Muitos pediram crédito à banca e, se a redução
            aparecer, esta gente vai ter dificuldade em pagar", alerta.
            A ameaça de crise de emprego paira, segundo o autarca,
            sobre o concelho de Idanha.  
            A tábua de salvação que garanta a manutenção
            dos rendimentos dos produtores pode passar, tal como sugere Francisco
            Baptista, por um plano de reestruturação agrícola,
            a fim de encontrar culturas alternativas. Um estudo em que a
            autarquia idanhense pode assumir uma posição crucial
            ao suportar o seu financiamento. Para expor os receios de Luís
            Amaral e de outros agricultores, mas também para encontrar
            a melhor via para enfrentar esta situação, o presidente
            da edilidade revela que já desencadeou "todos os
            mecanismos para ter uma entrevista com o ministro da Agricultura,
            Capoulas Santos".  
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