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             Carga fiscal mais "pesada"
 
             
            Os elevados custos de produção justificam, na opinião
            de António Abrunhosa, presidente da Associação
            de Produtores de Tabaco (APT) e secretário-geral da Internacional
            Tobacco Grows Association (ITGA), que esta seja a cultura que
            maior auxilio da UE por hectare recebe. A ITGA zela pelos interesses,
            neste sector, de 22 países, que produzem 80 por cento
            do tabaco exportado. Em Portugal, menos de um terço da
            produção é absorvida pelo consumo interno. 
            "A generalidade das culturas na UE não sobrevivem
            sem ajudas comunitárias. Não é por acaso
            que a primeira Política Comum que se praticou na antiga
            Comunidade Económica Europeia foi a Política Agrícola",
            explica. Os custos da mão de obra necessária a
            garantir esta cultura, nos países membros da União
            Europeia, são muito mais elevados. Em África, os
            trabalhadores ganham menos num mês do que se consegue em
            Portugal por dia. A juntar a isto, os países europeus
            suportam uma carga fiscal e encargos sociais sem paralelo em
            outra zona do mundo.  
            Para 2000, foi limitada a seis mil toneladas, a quota de produção
            de tabaco fixada para o nosso país.  
            Três milhões e 300 mil contos são cedidos
            aos agricultores nacionais em apoio desta cultura. Dois milhões
            e meio são canalizados para três concelhos do distrito:
            Idanha-a-Nova, Fundão e Castelo Branco. Uma produção
            extremamente concentrada sob o ponto de vista geográfico.
            Destes dois milhões e meio de contos, mais de um milhão
            e meio constituem os ordenados dos trabalhadores.  
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