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             Portugal
            / França  
            Vamos lá, 
            cambada! 
 
            POR LUÍS NOGUEIRA 
 
            Fantástico. Talvez
            seja esta a palavra que melhor define o campeonato europeu de
            futebol até ao momento. Não só porque a
            selecção nacional, se não está a
            exceder as expectativas, está finalmente a cumprir com
            aquilo que dela se esperava e todos sabíamos ser capaz,
            mas também porque o nível qualitativo dos jogos
            em geral tem sido muito bom. Bom futebol, muitos golos, emoção
            na disputa dos resultados, empenho de todas as selecções,
            fair-play (só excepcionalmente desrespeitado), são
            estes os ingredientes que têm tornado o Euro 2000 numa
            das mais espectaculares manifestações desportivas
            dos últimos anos. 
            No que nos diz mais directamente respeito, tem sido com um contentamento
            há muito esquecido que os portugueses têm acompanhado
            a carreira da equipa nacional. O orgulho torna-se mais delicioso
            à medida que os elogios nos chegam de todo o lado. A qualidade
            do futebol praticado é unanimemente reconhecida e a atitude
            competitiva tem sido extremamente forte. Agora, nas meias-finais,
            espera-nos um dos desafios mais difíceis desta campanha:
            nada menos que o embate contra os actuais campeões do
            mundo, a França. É um jogo decisivo, e como todos
            os jogos decisivos vai colocar mais uma vez à prova a
            vontade e o real valor do nosso conjunto. Será certamente
            uma óptima oportunidade para provar que, com o talento
            dos jogadores que temos, com espírito vencedor, com concentração
            e com a serenidade e a determinação necessárias
            aos ganhadores, temos uma das melhores equipas do mundo. 
            Nada nos impede, por isso, de sonhar com a conquista do título.
            Nem precisamos de sorte, basta que tudo corra dentro da normalidade.
            A inspiração de Figo, Rui Costa e João Pinto,
            a segurança de Jorge Costa e Fernando Couto, a abnegação
            de Paulo Bento e Sérgio Conceição e o instinto
            goleador de Nuno Gomes hão-de certamente encarregar-se
            do resto.  
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