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Música          


                

 

pedrohomero
 

 

meZZanine _ massive attack

No início da década de 90 o colectivo musical Massive Attack revolucionou, com o seu álbum de estreia 'Blue Lines', o panorama musical ocidental, de um modo tão profundo que boa parte da música moderna não existiria, pelo menos nos moldes em que a conhecemos. A revolução de Bristol contou ainda com dois outros guerreiros de peso: Portishead e Tricky.
Após um 2º álbum - 'Protection' - considerado pela crítica de menor calibre (se bem que muito interessante, a meu ver), surge em 98 aquele que é até à data o registo mais negro e melancólico da banda.
Fugindo do conceito 'trip hop' que a banda ajudou a criar, surge um álbum mais denso, mais carregado, e ao mesmo tempo mais reflectivo. As guitarras surgem em destaque pela primeira vez e o som foge do sofá ou do bar onde se conversa para um quarto escuro. Os próprios 'samples' demonstram isso - The Cure, Velvet Underground, Isaac Hayes.
Mezzanine é um corpo musical orgânico muito coeso e que merece uma audição atenta, de preferência com a luz a meio gás. O seu exo-esqueleto assenta não só nas canções óbvias, como a potente 'Angel' ou 'Teardrop', 2º single de apresentação que catapultou o disco para os tops com a voz angelical de Elizabeth Fraser dos Cocteau Twins, mas sobretudo nas estruturas menos óbvias e mais complexas como 'Black Milk' e 'Grupo Four'.
                                                                         
                     

     

 

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