Maria
da Conceição Rocha
"No Interior há
mais humanidade"
Vinda da Guarda,veio estudar
para a cidade da Covilhã em 1990. Desde então nunca
mais quis ir embora. "Apaixonou-se" pela cidade e pelas
pessoas que nela vivem. Sempre viveu no Interior do país,
mas só a Covilhã a "prendeu".
Em 1990 entrou no curso de Biologia nos Açores, mas preferiu
frequentar o curso de Física, via ensino, na Universidade
da Beira Interior. Enquanto estudante conheceu "alguém
muito especial"- o seu actual marido (natural da Covilhã).
O marido, agora docente na UBI, foi o principal motivo para ficar.
O facto de não gostar do curso de Física e de ter
engravidado levou Maria da Conceição a suspender
a matrícula. "Pretendo, no entanto, retomar os estudos
daqui a três anos, mas no curso de Bioquímica"
,diz.
Trabalha há alguns anos numa farmácia, dos sogros,
na Vila do Carvalho, na Covilhã, e gosta muito do que
faz. Pretende continuar no interior uma vez que é lá
que "as pessoas têm mais possibilidades de fazer várias
coisas ao mesmo tempo, pois o espaço [geográfico]
é muito mais curto" que nas grandes cidades. Sabe
que nos centros urbanos, como Lisboa, há uma grande desumanidade.
"Tenho um apartamento em Lisboa á cerca de 20 anos
e ainda não conheço o meu vizinho do lado",
confessa. Ao passo que numa cidade pequena do interior todos
se conhecem, daí que "no Interior nunca se toma café
sozinho", afirma feliz.
Em geral as pessoas são muito acarinhadas, pois aqui "há
mais humanidade".
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