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A população, curiosa, aproveitou o dia da inauguração para dar uma primeira espreitadela à nova Biblioteca

UBI abre biblioteca
à comunidade

Entre as diversas personalidades presentes na inauguração da nova Biblioteca Municipal estava o Reitor da Universidade da Beira Interior (UBI). Manuel Santos Silva afirma-se "convicto de que a Covilhã dá, com esta inauguração, mais um passo em frente no âmbito cultural", acrescentando ainda que "todas as bibliotecas são poucas e certamente esta irá prestar um apoio extraordinário à comunidade universitária".
Comunidade esta que a UBI vai dotar brevemente de uma nova biblioteca, ainda em construção, situada junto ao Pólo I. Um espaço que Santos Silva quer "voltado para o futuro", servindo o desenvolvimento de uma nova forma de ensino, centrada no aluno e na auto-aprendizagem. "Queremos um espaço vivo, não um armazém de livros. Um espaço de cultura, de encontro, que será certamente um suporte fundamental para a investigação desenvolvida na UBI", acrescenta. Um projecto cujo custo total, só entre recuperação do edifício e mobiliário, ascende a um milhão de contos e que apresenta uma particularidade inédita na história da instituição: a sua abertura à comunidade covilhanense.


José Sasportes inaugura Biblioteca Municipal da Covilhã
"Não queremos depósitos de livros"

POR CATARINA MOURA

"Esta biblioteca vem com alguns anos de atraso mas, ao invés de olhar para o passado, temos que a saudar". As palavras são do edil covilhanense Carlos Pinto que, juntamente com o ministro da Cultura José Sasportes, inaugurou na última sexta-feira a nova Biblioteca Municipal. Um momento alto das comemorações do 130º aniversário da elevação da Covilhã a cidade.


Ao todo são 60 mil livros, entre os 15 mil da antiga biblioteca e as novas aquisições, que a partir de agora estão à disposição de toda a comunidade naquele que é um dos projectos mais importantes concretizados nos últimos anos na Covilhã: a Biblioteca Municipal. O novo edifício, 2800 metros quadrados erguidos nas imediações do TCT e da Estação, serve um objectivo específico: constituir-se não só como depósito de livros mas sobretudo como pólo dinamizador de cultura, atraindo pessoas de todas as idades. Um "investimento no futuro", que custou cerca de 200 mil contos aos cofres municipais e outros 100 ao Estado.
A nova Biblioteca Municipal da Covilhã é a terceira que José Estevão Sasportes inaugura desde que assumiu a pasta da Cultura nacional, há três meses, por ocasião do afastamento de Manuel Maria Carrilho. O novo ministro da Cultura aproveitou a ocasião para traçar rapidamente as prioridades do seu ministério. Além da criação de uma rede de bibliotecas públicas, o Governo está "profundamente empenhado" em dotar o País de uma rede de cine-teatros, construindo ou revitalizando espaços, e ainda de uma rede de arquivos, novamente através da colaboração com as autarquias e os fundos comunitários.
"É preciso trabalhar por todo o País, de acordo com as exigências de cada localidade, estendendo a todos os portugueses o mesmo acesso à cultura", refere Sasportes. As linhas da política cultural do Governo orientam-se de acordo com o Programa Operacional da Cultura, um projecto comunitário que trará para Portugal, durante seis anos, "cerca de 72 milhões de contos a distribuir equilibradamente por todo o País, nos diversos sectores da vida cultural".

Exigências de Pinto são "música" para Sasportes

Com Sasportes, Carlos Pinto falou de política cultural e dos projectos que estão em curso no concelho e que necessitam do apoio do Governo. É o caso do Centro de Artes. "Não posso deixar de dizer ao senhor ministro da Cultura que muito espero da sua sensibilidade e do facto de estar aqui hoje, para que no próximo ano possamos assistir ao início da construção do Centro de Artes da Covilhã", afirma o edil. Situado junto à rotunda do TCT, "num hectar que já é propriedade do município", o futuro Centro de Artes engloba salas de teatro e cinema, um centro de congressos e uma zona de exposição permanente. Um projecto candidato ao terceiro Quadro Comunitário de Apoio.
O ministro não deu garantias concretas mas sublinhou que as exigências de Carlos Pinto se enquadram nos objectivos do Governo, que pretende criar "pontos de excelência cultural" por todo o País, descentralizando o acesso à cultura. "A Covilhã poderia ser um desses pontos", afirma Sasportes, "mas para tal é necessário conciliar as energias dos diversos agentes que aqui se encontram, nomeadamente a autarquia e a Universidade da Beira Interior, pois só em conjunto será possível dinamizar verdadeiramente a vida cultural da cidade".






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