| Reestruturação
            impõe-seJosé Venâncio
            assume direcção do CES
 
 POR CATARINA MOURA
 
  José Carlos
            Venâncio foi eleito director do Centro de Estudos Sociais
            (CES) da Universidade da Beira Interior, em reunião efectuada
            no dia 18 de Outubro. Consolidar a revitalização
            do Centro, redefinir as suas linhas de investigação
            e abrir-lo ao exterior são alguns dos objectivos que se
            impõe concretizar
 Após a saída do curso de Ciências da Comunicação
            do Departamento de Sociologia e sua integração
            no novo Departamento de Comunicação e Artes, situado
            no Pólo I, António Fidalgo, anterior director do
            CES, apresentou a sua demissão em reunião de 28
            de Setembro. Assim, urgia encontrar um novo pulso para conduzir
            o Centro. Das eleições que decorreram a 18 de Outubro
            surgiu José Carlos Venâncio, catedrático
            de Sociologia, que a partir desse dia é o novo director
            do Centro de Estudos Sociais.
 O principal objectivo de José Venâncio é
            consolidar a revitalização do Centro, iniciada
            por António Fidalgo no início deste ano, após
            um período de quase total inactividade. Para já,
            propõe-se redefinir as linhas de investigação
            do CES, com particular incidência na área da Sociologia.
            Por outro lado, a prestação de serviços
            e consequente abertura ao exterior, a organização
            periódica de conferências e a publicação
            de Working Papers fazem igualmente parte da sua lista de prioridades.
 
 Ponto de viragem: 2000
 O CES iniciou a sua actividade
            em Março de 1994, reunindo na sua equipa investigadores
            não só de Sociologia mas também de Comunicação
            Social. Durante três anos, manteve alguma actividade, desenvolvendo
            projectos de investigação e publicando livros.
            Os membros do CES participaram em colóquios, congressos,
            seminários e reuniões científicas, nacionais
            e internacionais. Financiado pela Junta Nacional de Investigação
            Científica e Tecnológica (JNICT), actual Fundação
            para a Ciência e Tecnologia (FCT), até 1997, a partir
            desta data uma avaliação das suas actividades considera-as
            "pobres" e a entidade cessa o financiamento.Até Janeiro de 2000, o CES passou por uma fase de quase
            total inactividade. É então que António
            Fidalgo é eleito director, marcando um ponto de viragem
            na actividade no Centro. Uma das suas medidas mais imediatas
            foi dotar o CES da presença contínua de uma licenciada,
            Fátima Silva, que assegura a sua abertura e dinamização
            permanentes.
 Até ao momento, dos 23 investigadores que compõem
            o CES seis apresentaram comunicações no IV Congresso
            Nacional de Sociologia, que decorreu em Coimbra no mês
            de Abril. Foi também fundado o Gabinete de Estudos e Opinião
            (CES-GEO), em Maio, que realizou uma sondagem sobre o concelho
            do Fundão, e foi dado início a uma colecção
            de opúsculos com textos temáticos. Por agora, está
            em desenvolvimento o projecto Positive Action in Private Enterprises,
            extensivo a sete outros países europeus e que prossegue
            em colaboração com a entidade holandesa Research
            Voor Beleid International. O objectivo deste projecto é
            "averiguar as condições em que algumas empresas
            adoptaram medidas de acção positivas com vista
            à melhoria da situação profissional das
            mulheres".
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