Secretário de Estado
apresenta
Novos apoios à
imprensa regional
O secretário de Estado
da Comunicação Social, Arons de Carvalho, apresentou
na Covilhã algumas linhas do novo diploma de incentivos
à Comunicação Social regional. Este documento,
aprovado na quinta feira, dia 9 de Novembro, pelo Conselho de
Ministros, vem reduzir a percentagem de comparticipação
do Estado no Porte Pago.
O novo diploma prevê uma redução, a partir
dos 15 por cento da tiragem do jornal, para 90 por cento para
jornais com pelo menos um jornalista com carteira profissional
e para 80 por cento para os jornais sem profissionais. Em 2002
irão ser introduzidas novas alterações.
Os valores baixam para 80 e 60 por cento.
Directores e jornalistas mostraram preocupação
quanto ao futuro dos seus jornais que, prevêm, atravessará
momentos difíceis com estas reduções ao
Porte Pago pelo Estado.
Arons de Carvalho argumentou que "há em Portugal
um importante sistema de incentivos à imprensa regional",
mas que esta não se deverá centrar apenas nesta
ajuda. E quanto às críticas respondeu que "este
não é um factor de poupança isolado, mas
antes uma posição assumida de dar outros apoios."
Com o novo diploma, o Governo quer aumentar o número de
profissionais em exercício. "Pretende-se com estas
medidas apoiar o profissionalismo. É impensável
um órgão de Comunicação Social sem
jornalistas profissionais", afirmou o secretário
de Estado.
Porte Pago reduzido
Para isso, três medidas
serão aplicadas: a redução do Porte Pago,
como forma de evitar aquilo a que chamou de "concorrência
desleal" referindo-se ao aumento de tiragens dos jornais
como forma de conseguir mais lucros de publicidade. "Até
agora o apoio do Governo estava muito centrado no Porte Pago,
que previligiava mais a relação entre o jornal
e os seus anunciantes do que a relação com os leitores.
"As outras propostas vão no sentido de aumentar as
publicações on-line e incentivar a inovação
e desenvolvimento empresarial. Estas medidas alargam a actuação
do Estado desde a renovação tecnológica
a estudos de implantação de mercado".
Qualquer jornal com mais de seis meses de existência pode
candidatar-se, sendo que para aqueles com jornalistas profissionais
os apois puderão chegar aos 78 por cento num máximo
de financiamento de 20 mil contos. "Quem no futuro não
tiver qualidade e capacidade, não terá oportunidade",
defendeu Arons de Carvalho.
|