| No quarto dia do Festival"Monstros Sagrados"
        alegram Teatro das Beiras
 
          
            |  Por
            Ana Maria Fonseca 
  |  Quem acorreu no sábado
        25 ao Festival de Teatro da Covilhã, a decorrer no G.I.C.C.,
        Teatro das Beiras, foi contemplado com duas horas de riso sem
        espaços inertes. A variação constante de
        cenários e o enredo dividido por 11 actos, em que cada
        um conta uma história diferente, traduziram-se num divertimento,
        não só para a assistência mas igualmente
        para os actores. Rui Paulo e Filipe Crawford, também encenador,
        partilharam com o público a boa disposição
        dos seus diálogos e monólogos burlescos, sempre
        em redor da linguagem e dos conceitos, enfim, da comunicação."Monstros III, O Regresso!", faz parte de uma sequela
        que já passou por dezenas de palcos em Portugal. Anteriormente
        estiveram em cena "Os Monstros Sagrados", de 1996,
        e "Os Monstros em Cuecas", de 1998.
 Os sketches hilariantes a que Rui Paulo e Filipe Crawford dão
        vida foram retirados das obras "Les Diablogues" e "Les
        Nouveux Diablogues" de Roland Dubillard. O autor consegue
        expor o drama em que a linguagem tantas vezes nos envolve, de
        forma satírica e cómica. "Nós não
        tentamos ter graça, nós contentamo-nos em ser inteligentes
        e encarar a estupidez da nossa época e o seu desencanto",
        afirma.
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