Novos projectos na AMCB
Agência pode incentivar consumo de energias alternativas

 Por Sérgio Felizardo
NC/Urbi et Orbi

 

NC - Para além da Central de Compostagem, que outras áreas pretende a AMCB desenvolver?
J. M. B. -
Evidentemente não deixamos para trás matérias que digam respeito, por exemplo, à optimização de condições para a produção de energias alternativas.
Para isso candidatámo-nos a constituir uma agência de energia.
NC - Em que é que consiste esse projecto?
J. M. B. -
É uma proposta de dinamização do aproveitamento e utilização de energias alternativas, desde as hidroeléctricas, às eólicas. No fundo é uma rentabilização dos recursos naturais que temos na região. Primeiro queremos fazer um diagnóstico do que existe e dos consumos que se fazem de energias tradicionais, para depois podermos, gradualmente, convencer os utilizadores a optarem por energias que, sendo mais limpas, sejam mais baratas.
NC - Qual é o papel da Associação no processo de sensibilização das populações para as questões ambientais?
J. M. B. -
É indispensável. Mas é preciso termos a noção de que só o tratamento dos lixos não fecha nenhuma cadeia. O circuito é mais amplo e não nos podemos esquecer do tratamento dos efluentes dos rios. O que nos levou a associarmo-nos à empresa Águas do Zêzere e Côa.

Áreas de localização prioritária

NC - É assim que entende a relação dos municípios associados entre si?
J. M. B. -
Exactamente. Todos os associados fazem um todo para fazer pressão. Mas tem de haver municípios com alguma magnitude para galvanizarem todos os mais pequenos que os rodeiam.
Com a Covilhã representamos mais de um quarto da Região Centro, o que contribuiria para um outro papel fundamental que a AMCB deve ter...
NC - Qual?
J. M. B. -
O de efectivar a relação com o Governo e com a Comissão de Coordenação. Ou seja, dizer-lhes directamente que queremos ser parceiros.
Até agora funcionámos junto do Governo unicamente no que se relaciona com o processo dos resíduos, mas temos que dizer claramente ao poder central que, representando um quarto de uma região não propriamente desenvolvida, nós, ainda por cima, estamos na cauda. Esta atitude tem sido sustentada por diversos governos, em silêncio, e não podemos consentir que isso continue.
NC - O que é que pretendem fazer?
J. M. B. -
Vamos exigir, formalmente, que o IP2 seja uma realidade o mais brevemente possível, que o IP5 seja duplicado, que as linhas da Beira Alta e Beira Baixa sejam constituídas como prioridade absoluta em termos de acessibilidades e que os túneis da Serra da Estrela passem do papel para o terreno.
A respeito deste último projecto, sabemos que os estudos estão a ser feitos e, segundo informação do Ministério, o traçado será apresentado no mês de Fevereiro. Esperamos que isto tenha substância e se insira num pacote de intervenções perfeitamente definidas.
NC - Em relação à CCR quais são as exigências?
J. M. B. -
Dentro da Região Centro somos os que enfrentamos maiores dificuldades a todos os níveis, por isso queremos que todo o planeamento dê prioridade a esta zona. Nomeadamente com a criação de Áreas de Localização Empresarial Privilegiada (ALEP's) em complemento às acessibilidades.

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