Biscaia quer a Covilhã na AMCB
"Associação perde peso sem a Covilhã"

 Por Sérgio Felizardo
NC/Urbi et Orbi

José Manuel Biscaia, o novo presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira, volta a afirmar o interesse em ter de volta aos associados o município da Covilhã.

NC - Quando assumiu a direcção da AMCB disse que ia pedir uma audiência a Carlos Pinto. O que é que lhe quer dizer?
J. M. B. -
Quero dizer ao presidente Carlos Pinto que a Associação de Municípios perde se a Covilhã não for uma componente integrante. Retira-nos um certo peso em termos de lobby.
Não nos podemos esquecer que é o maior município da AMCB, a par da Guarda, e quando sabemos que na Europa o desenvolvimento parte das chamadas cidades médias e delas depende toda a evolução das zonas circundantes, mais isso nos preocupa. Quanto mais desenvolvimento houver na Covilhã, Guarda e Castelo Branco, mais haverá à sua volta.
NC - Como é que vê a participação da Covilhã nos projectos da Associação de Municípios?
J. M. B. -
Hoje, quando se fala da AMCB é preciso recordar que estamos a falar de uma massa geográfica que corresponde à quarta parte da Comissão de Coordenação da Região Centro (CCRC) e que, obviamente, inclui a Covilhã.
NC - Mesmo com a saída do concelho do grupo de associados?
J. M. B. -
A Covilhã é sempre tida em consideração porque, independentemente de aderir directamente a qualquer projecto, ela faz parte de um conjunto.
As associações de municípios não são tutela dos associados. Estes estão nas associações para os efeitos que entenderem convenientes e podem não prosseguir todos os objectivos não estatutários determinados.
NC - Qual é o impacto da desistência da Covilhã como município associado?
J. M. B. -
A Covilhã não deixou de aderir ao processo de tratamento de resíduos. É bom que se diga que até agora a Covilhã não disse que não queria entrar, apenas denunciou a sua intenção de não ser mais associada.
NC - Mas é público que a Câmara covilhanense já demonstrou interesse em encontrar uma solução alternativa.
J. M. B. -
É pensável que isso possa acontecer. A Câmara da Covilhã é autónoma quanto à maneira como quer dirigir esta questão.
Mas também é um facto que, até hoje, os resíduos continuam a ser depositados, por enquanto, no Souto Alto e admitimos que o vão continuar a ser, para o ano, na Quinta das Areias.
NC - Sempre na condição de cliente?
J. M. B. -
Os responsáveis camarários vão, por certo, questionar a Associação sobre os custos futuros de deposição na qualidade de cliente e o que podem fazer. São questões legitimas que estamos disponíveis para tratar num encontro com o presidente da autarquia.

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