Calendário Escolar está a causar problemas
Fórum Pedagogia debate problemas da UBI

A AAUBI realizou mais um "Fórum Pedagogia - I Momento de Reflexão". Entre os dias 11 e 13 de Dezembro abriu-se espaço à discussão dos problemas da Academia. Foram detectados velhos e novos problemas. As soluções vão ser agora estudadas pela Associação e pelas diferentes estruturas responsáveis

 Por Raquel Fragata

 

Painel das Engenharias foi
um dos mais participados

Dividido por painéis das diferentes Unidades Científico Pedagógicas, decorreram durante três dias, em vários pontos da UBI, debates em torno dos problemas que afectam os diferentes cursos, docentes e alunos da instituição. Apesar da pouca afluência de docentes e alunos - em plena época de avaliação de fim de semestre, apenas dezassete pessoas assistiram ao encerramento do Fórum - a discussão fez-se mesmo sem grandes conclusões.
O recém implementado Calendário Escolar esteve várias vezes em foco. Votado em Fevereiro último, a posição da Academia nunca foi de unanimidade e as opiniões continuam divididas. Professores e, principalmente, alunos denunciaram situações irregulares de incumprimento do novo plano. Com apenas três meses desde a sua estreia já se acumulam queixas de critérios de avaliação não definidos, sobreposição de exames de disciplinas do mesmo ano curricular e casos de alunos que até à data se encontram à espera dos resultados oficiais do ano lectivo de 99/00. A AAUBI fala na possibilidade de abrir um Plano de Contingência caso o corpo docente da UBI não respeite os novos prazos e caso a instituição, através dos órgãos imputáveis, não seja capaz de os fazer cumprir.
Quem mais uma vez não passou sem ouvir críticas ao seu funcionamento foram os Serviços Académicos. Acusados de burocracia, de cobranças "elevadas e absurdas de serviços". Neste ponto a direcção de AAUBI pediu especial atenção por parte da instituição em relação às disciplinas consideradas "críticas" e às taxas de repetição a aplicar nestes casos.

Marketing e promoção da instituição

Preocupados com o futuro da licenciatura de Química Industrial quando se fala em abrir licenciaturas em Engenharia Química e Física e Química, e face à fraca afluência de novos alunos registada neste ano lectivo, vários alunos quiseram fazer chegar até ao Reitor as suas queixas. Santos Silva defendeu a necessidade de criar novos planos de ensino e campos de acção, não vendo por isso algum perigo de "desaparecimento" da Química Industrial.
Jorge Jacinto atribui especial relevo à questão das vagas por preencher. E defende que a UBI deve intervir na captação de alunos empenhando-se em campanhas de marketing e divulgação, sem esquecer que "a melhor publicidade será a do próprio aluno". Manuel Santos Silva reforça esta opinião: "Temos que centrar o ensino no aluno e não no professor".
Em relação ao caso específico da Engenharia Têxtil, Santos Silva já preparou a representação da licenciatura na feira de Têxtil "Maquitex" deste ano.
O problema do insucesso escolar mereceu considerações de Santos Silva. "A resolução deste problema terá que se construir com base nos problemas estruturais, uns intrínsecos à instituição, outros de fora." A sua resolução está, "mais do que nos funcionamentos e serviços da UBI, nos docentes e alunos", conclui.

  

Biblioteca Central
inaugurada no dia da UBI

 


Manuel Santos Silva, Reitor da UBI, manifestou por várias vezes durante a tarde de quarta feira o orgulho num dos maiores investimentos da Universidade dos últimos anos: a Biblioteca Central. Santos Silva acredita na possibilidade desta estrutura, com seis mil metros quadrados e correspondente a um investimento de um milhão de contos, ser inaugurada no dia 30 de Abril, Dia da UBI. Neste espaço ficará concentrada todo o património bibliográfico da UBI, forçando assim sua dinamização. No Painel Global a que assistiu integralmente respondendo a dúvidas e críticas da escassa plateia, Santos Silva foi receptivo às críticas e indiciador de problemas.
Equipar a UBI de bons meios informáticos é uma das prioridades da Reitoria para o próximo orçamento. Santos Silva quer ver já no próximo ano concretizado o sonho de um centro de informática para as Engenharias.
Quanto aos investimentos bibliográficos, o reitor lembra aos vários responsáveis departamentais que as verbas disponíveis para aquisição de livros não têm sido gastas. "Em 1999 apenas foram gastos 60 mil contos para bibliografia, isto representa cerca de metade do previsto."
Já no próximo semestre, espera-se que entrem em funcionamento os Cursos Livres de Inglês para as Engenharias. Para isso foram já transferidos os equipamentos do laboratório de línguas para o Pólo VIII da UBI.

 

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