Taxas de electricidade aumentam
Residências protestam medida dos SASUBI

Ainda não foi apresentada e já é polémica a medida que os Serviços de Acção Social querem implementar nas suas residências. São novas taxas de electricidade para aqueles que possuem electrodomésticos próprios. Os residentes consideram o aumento injusto. O reitor e os SASUBI querem ver contas mais baixas. O caso deverá ser discutido no próximo Conselho de Acção Social

 Por Anabela Machado

Residências puderão vir a pagar
taxas sobre electrodomésticos

Os residentes das residências universitárias temem a hipótese de vir a pagar uma taxa mensal por cada electrodoméstico que tenham. Uma proposta feita por Manuel da Silva Raposo, administrador dos Serviços de Acção Social (SASUBI), mas que ainda será discutida pelo CAS. Ao que o Urbi apurou a medida "não é ainda oficial".
No entanto, a Comissão de Residentes, da qual Eduardo Ribeiro faz parte, ao ter conhecimento da proposta discordou desde logo com ela. E defende que "todos os residentes pagam mensalmente o excedente da electricidade consumida" e contestam a validade da medida, pois afirmam "no regulamento das residências nada proíbe os residentes de terem o que quer que seja nos seus quartos, uma vez que a gestão dos espaços é da responsabilidade dos mesmos".

Residentes contra, Reitor a favor

Se a Comissão de Residentes vota contra a proposta, o Reitor é a favor.
A posição de Santos Silva é diferente da dos alunos. A possibilidade da taxa de electricidade subir, surgiu depois de terem sido registadas várias situações irregulares nas residências universitárias. Consumos "absurdos" de electricidade, de tal forma que chegaram a triplicar os valores médios normais, levaram a direcção dos SASUBI a fazer um levantamento de todos os electrodomésticos existentes nas instalações. Quanto a taxas suplementares ainda nada está definido, mas o Reitor garante que haverá discriminação entre objectos de alto e baixo consumo.
Santos Silva é peremptório "as bolsas são sagradas e eu não quero ver alunos que realmente necessitam a ser-lhes cortada a bolsa". "O que acontece se esta situação se mantiver é que teremos que cortar ao 'bolo' das bolsas para pagar contas de electricidade", explica Manuel Santos Silva.
Os residentes é que ainda não sabem ao certo o que se passa. Ainda não houve qualquer notificação por parte dos SASUBI. Uma bolseira beneficiária do serviço de alojamento há quatro anos, é a favor do pagamento dessa taxa pelos usuários das residências novas, pois aí as condições são "muito mais confortáveis do que as antigas. Aí acho muito injusto que se pague". E considera ainda que as antigas instalações tem carências várias para que se viva "condignamente". Quanto à utilização de electrodomésticos de cozinha pelos residentes, a aluna refere a falta de condições nestas instalações, nomeadamente a escassez de fogões e frigoríficos.
Qualquer decisão só será tomada em reunião de Conselho de Acção Social, onde se prevê seja proposta pelos SAS esta taxa. Apesar do interesse manifestado pelos alunos, ainda não há data marcada para a sua realização.

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