Apresentação do livro "As Quatro Portas do Céu"
Rosa Lobato Faria na Covilhã


 Por Rita Lopes

"O céu tem quatro portas. A porta branca onde mora um velho chamado Inverno, a porta verde onde mora uma menina chamada Primavera, a porta amarela onde mora um rapaz chamado Verão e a porta dourada onde mora um homem chamado Outono". Assim começa o livro infantil que Rosa Lobato de Faria apresentou ao público da Covilhã na terça-feira, 12.
As quatro estações do ano são o tema central da história que, numa linguagem simples, descreve os encantos e recantos da natureza. O Inverno, a Primavera, o Verão e o Outono são as personagens que, de forma leve e carinhosa, dão vida ao enredo. Demonstrar e transmitir os benefícios da chuva, do sol, do pólen, da neve, das flores e das folhas são ideias a incutir nas crianças. Através da história, nascida de uma conversa com os seus netos, a autora quer "mostrar a todos os meninos que o Verão não é melhor que o Inverno, mas que ambos têm características próprias, todas elas necessárias à vida".
O mau humor do Inverno, a alegria da Primavera, a vitalidade do Verão e as qualidades artísticas do Outono são descritos por palavras simples e exemplos culturais do dia-a-dia. Pedagogia é a palavra de ordem da autora que aproveita para, "sem ser maçadora", ensinar pequenas coisas da vida e alguns conceitos gerais importantes. A referência a Buticheli, Vivaldi e à tradicional festa de São Martinho são aspectos que o livro contempla. A relação de amizade e de civilidade entre as pessoas é, também, referida para mostrar que "uma menina fresca e alegre pode ser amiga de um senhor velhote de nariz vermelhusco e ambos de um rapaz que gosta de surf e todos de um homem culto, que gosta de livros e de castanhas assadas, capaz de os juntar para beberem o vinho novo no dia de S. Martinho". A vida das pessoas tem quatro estações como o tempo. Todas elas têm o seu encanto, o que é preciso, diz a autora "é coração para senti-las e amá-las tal e qual como elas são".
A obra foi apresentada no Conservatório Regional de Música da Covilhã, no âmbito do Projecto Educativo para este ano lectivo. A história de "As quatro portas do céu" é a base do projecto, que pretende criar uma ópera infantil. Cunha e Silva, presidente do Conselho Pedagógico, explica que "o desafio é que, abraçando três artes: pintura, literatura e música, as crianças sejam mais participativas, não na repetição, mas na criação". Um projecto que Rosa Lobato de Faria considera "extremamente ambicioso", pelo facto de "pegarem numa coisa tão pequenina como o meu livro e darem algo de tão generosa aos meninos".
Nesta quadra festiva, o livro fica como sugestão para quem desejar presentear uma criança com algo que, mais do que uma simples história, é uma fonte didáctica de cultura e de sabedoria.

Rampa da Serra da Estrela 2000
"Associação perde peso sem a Covilhã"

 Por Rodolfo Silva

A prova, que contou para o Campeonato Nacional de Montanha, consagrou Ferreira da Silva como campeão da especilidade

Carlos Rodrigues foi o vencedor da Rampa Serra da Estrela - TMN 2000, disputada no fim-de-semana de 27 e 28 de Outubro. O piloto do Gianfranco, ao volante de um Porche 911 RSR, foi o mais rápido nas duas subidas e retirou quatro segundos ao tempo de Pedro Matos Chaves, o vencedor da Rampa em 1999. A prova, pontuável para o Campeonato Nacional de Montanha, foi o palco para Manuel Ferreira da Silva, com um terceiro lugar, se sagrar campeão da especialidade, com o Ford Escort Cosworth da Peres Competições. No segundo lugar do pódio ficou Fernando Peres, o piloto do segundo Escort da equipa Peres.
Carlos Rodrgues, ao ser o mais rápido nos treinos cronometrados, já tinha mostrado que era o adversário a bater no asfalto serrano. Com um tempo de 2' 16'' 820, acreditava poder tirar um segundo a esta marca: "Correu muito bem até agora. Tive uma ou outra hesitação em alguns ganchos, mas penso que posso subir no segundo 15".
Fernado Peres era o segundo mais rápido, a um segundo e 339 milésimos de Carlos Rodrigues. Ferreira da Silva quedava-se pelo terceiro lugar com uma diferença de um segundo e 404 milésimos para o melhor tempo. O piloto, principal candidato ao título de campeão da montanha, mostrava-se confiante no desempenho para a prova, mas sem arriscar demasiado: "Está a correr bem, mas o principal é o campeonato, pelo que não vou arriscar. Se necessário, poderei tirar 1 ou 2 segundos a este tempo".

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