Presidenciais 2001
Jorge Sampaio preocupado com abstenção

 Por Raquel Fragata

Jorge Sampaio, candidato à presidência da República, deslocou-se à Covilhã, na quinta feira, 28, para a inauguração da sua sede de campanha. Um dia chuvoso e frio não impediu algumas dezenas de apoiantes de marcar presença na sede situada na entrada da Rua Ruy Faleiro. O temporal também não demoveu Jorge Sampaio de visitar em pré-campanha eleitoral várias cidades da Beira Interior. Começando na Guarda, descendo a Belmonte, Covilhã, Fundão e Penamacor, e terminando à noite em Idanha-a-Nova, o candidato acredita que vai vencer as próximas eleições de 14 de Janeiro mas mostra-se preocupado com a abstenção por excesso de confiança na vitória.
O actual Presidente defende que cada eleição é uma nova eleição. E, qualquer que tenha sido a votação nas eleições de 97, acredita que novas circunstâncias determinam que esta eleição se dispute "palmo a palmo". Jorge Sampaio quis assim sublinhar a importância da ida às urnas no próximo dia 14 e lembrou aos seus apoiantes que não devem confiar demasiado nas sondagens, contribuindo dessa forma para a abstenção. Esta é uma questão que preocupa o candidato. "Em democracia não podemos deixar para os outros aquilo que nos compete", frisou.

Candidatos desconhecem
o significado da Presidência

Antunes Ferreira, mandatário concelhio de Sampaio, acredita na repetição do bom resultado obtido na últimas eleições presidenciais na Covilhã. "Jorge Sampaio tem evidenciado como Presidente um conhecimento das suas obrigações e direitos constitucionais." E, afirmou, "o actual candidato demonstrou que bem mereceu o voto maciço do concelho da Covilhã". Razão que para o mandatário é decisiva na renovação desse voto.
Antes de sair da Covilhã, Sampaio aproveitou para lançar várias críticas aos seus adversários. "Se fizermos uma análise do que têm dito os candidatos, todos sem excepção, sobre o que pensam que é o cargo de Presidente da República, sobre o que não sabem relativamente à Constituição do País e sobre a concepção que têm sobre a cooperação institucional, temos razões para ficar preocupados". O desafio é explícito: "Gostava de, em conjunto com os outros candidatos presidenciais, discutir o papel do Presidente da República no futuro. Desafio-os claramente a dizer o que fariam em circunstâncias como aquelas que eu tive que enfrentar".

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