Obras começam este ano
Picadeiro de Alpedrinha vai ser casa da Cultura

 NC/Urbi et Orbi

A recuperação do Palácio do Picadeiro, na vila de Alpedrinha, vai iniciar-se ainda este ano. O projecto, elaborado pelo arquitecto José Manuel Castanheira, pretende transformar o edifício em ruínas num museu que conte a história da localidade e da sua gente.

O processo está a ser liderado pela Liga dos Amigos de Alpedrinha (LAA) e foi entregue formalmente na Câmara, na terça-feira, 23. Os responsáveis da LAA esperam agora pelo sim do IPPAR, para que depois o estudo seja discutido em sessão de Câmara. Os custos da obra rondam os 90 mil contos.
O plano elaborado para aquele espaço contempla salas temáticas para exposições, outra de conferências e concertos com capacidade para 60 pessoas, zonas para mostras e espectáculos ao ar livre e diversas estruturas de apoio aos visitantes, como bar e instalações sanitárias. Todos os melhoramentos vão obedecer aos requisitos contextuais da traça original do edifício, quer nos materiais utilizados, quer nos aspectos de construção. A reutilização do edifício, incluído no conjunto monumental do chafariz D. João V, era reclamada há muito, daí que os intervenientes no processo se congratulem com a solução encontrada. Francisco Roxo, vice-presidente da Liga dos Amigos local, declarou à Rádio Cova da Beira que "a obra vai constituir um momento histórico para a associação". José Maria Fortunato, líder do executivo fundanense, recebeu o projecto e sublinha que "a linha encontrada é a única para pôr de pé a reconstrução do Picadeiro".
Do IPPAR não são esperados entraves ao seguimento do processo, uma vez que, confirma Roxo, "o presidente da Junta analisou o projecto e deu uma opinião favorável". "Se tudo correr como esperamos, julgo que na Primavera poderemos começar as obras", refere. Entretanto, José Castanheira e os restantes técnicos vão reunir em Alpedrinha para "começar a tratar das especialidades e, assim, adiantar um pouco as coisas", revela o vice-presidente da LAA.
Fortunato confirma "o esforço financeiro" elevado, mas confia na palavra de várias entidades governativas que asseguraram "a possibilidade de haver candidaturas que subsidiem a obra". Foi com este objectivo que a autarquia cedeu os direitos de superfície do Palácio à Liga: "Para se propôr a receber participações do fundo para Trabalhos de Natureza Simples". O resultado final da parceria entre autarquia e os Amigos de Alpedrinha vai servir, explica o edil, "para criar uma casa de cultura, onde agora só existe um monte de pedras, ao serviço da população do concelho".

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