| O autarca defende que este
        aumento, a aplicar já no próximo mês de Março,
        é justificado por não terem ocorrido actualizações
        nos anos de 99 e 2000. "Vai haver um reajustamento, reportado
        ao facto de não ter havido aumentos nos dois anos anteriores,
        que significará uma média anual de 3 a 3,5 por
        cento", justifica Carlos Pinto, presidente da autarquia
        covilhanense.João Martins, vereador do PS, não concorda com
        as taxas a aplicar, que considera "exageradamente altas"
        e contrapõe as afirmações de Carlos Pinto.
        "Primeiro porque entendemos que é bastante gravoso
        por se tratar de um aumento superior a 10 por cento. Efectivamente
        os dados da exploração da gerência dos Serviços
        Municipalizados de Água e Saneamento apontam para um lucro
        na ordem dos 60 mil contos." O socialista afirma ainda que
        esta posição vai agravar a situação
        económica dos habitantes do concelho da Covilhã.
        "Tendo em conta a inflação na ordem dos três
        por cento, ainda não confirmada, mas fazendo fé
        neste número, temos um aumento muito superior."
 Os números facultados pela oposição indicam
        que no primeiro escalão o consumidor passará a
        pagar 47 escudos, em vez dos 42; no segundo escalão, pagará
        mais 10 escudos, passando de 90 para 100; no terceiro, de 135
        para 150; no quarto, passa de 150 para 161; no quinto escalão
        sobe para 190 escudos quando até agora paga 175; no sexto
        escalão regista-se o menor aumento percentual, 6 por cento,
        de 290 para 310. A maior subida regista-se no primeiro escalão
        muito próxima dos 12 por cento.
 Oposição votou
        contra aumentos Para além dos consumos
        de água, os preços de aluguer de contador, tarifa
        de saneamento e o uso de serviço de saneamento também
        vão subir. Aqui os aumentos são mais significativos.
        O aluguer de contador pago ao SMAS passa de 420 para 450. A tarifa
        de saneamento, por metro cúbico, sobe 10 escudos para
        os 40. A taxa paga decorrente do uso do serviço de saneamento,
        que o consumidor vê incluida mensalmente na sua factura,
        vai passar de 50 para 60 escudos.O vereador da CDU, Vítor Reis Silva, votou mais uma vez
        contra os aumentos da água e entende que esta medida é
        "escandalosa" tendo em conta os saldos positivos apresentados
        pela gerência do SMAS, nos anos anteriores, que, diz, "andam
        à volta dos 60 a 70 mil contos". Acusa o PSD de estar
        a tentar recolher verbas para investimentos eleitoralistas: "Só
        se entende que seja para se conseguir ter um plafon económico
        para continuar a campanha eleitoral". Reis Silva afirma
        ainda que durante o mandato de Carlos Pinto na Câmara Municipal
        a água sofreu um aumento de 60 por cento, dado que também
        em 98 os aumentos médios se situaram nos 30. O vereador
        da CDU considera esta medida penalizadora especialmente para
        o consumidor médio. "A factura de um casal de idosos
        que consome de dois em dois meses oito metros cúbicos
        recebe, mesmo já com a redução dos 50 por
        cento, terá um aumento de 18 por cento. O consumidor médio
        de 18 metros cúbicos, que pagava dois mil novecentos e
        setenta e três escudos, vai pagar quatro mil e vinte e
        um escudos o que significa um aumento de 35,2 por cento",
        considera.
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