Greve do Secundário com adesão na Covilhã
Alunos contestam revisão curricular

 Por Raquel Fragata

Os estudantes do Ensino Secundário da Covilhã aderiram à greve nacional do dia 8, quinta feira, manifestando-se contra a revisão curricular.

As escolas secundárias Frei Heitor Pinto, Pêro da Covilhã e Campos Melo, da Covilhã, aderiram à greve nacional dos alunos do Ensino Secundário do dia 8 de Fevereiro contra a revisão curricular que o Ministério da Educação quer implementar. Os estudantes saíram às ruas da cidade para exigir a suspensão deste projecto com o qual discordam "no conteúdo e no método da sua criação". Entre as reivindicações das Associações de Estudantes do Ensino Secundário do concelho da Covilhã está a anulação do 'Numerus Clausus' para acesso ao Ensino Superior que consideram ser um sistema de restrição de vagas. Criticam também o sistema de avaliação actual "que se baseia em provas eliminatórias, exames nacionais e provas globais", porque, afirmam, provoca a descida das médias finais. Os estudantes manifestaram-se pela abertura de um processo de diálogo com o ministro da Educação, Augusto Santos Silva, e pedem para ser ouvidos pela tutela.
Outra questão é a do não cumprimento da Lei que insere a Educação Sexual e Planeamento Familiar nos currículos escolares.
Perante as críticas dos alunos que se fizeram ouvir em todo o País, António Guterres, primeiro ministro, declarou à Agência Lusa a "total disponibilidade do Governo e do Ministério da Educação" para dialogar.
O diploma da revisão curricular vai ser apreciado pela Assembleia da República no dia 23, sexta feira. Na mesma data os alunos do secundário preparam uma nova manifestação frente ao Parlamento.

Professores solidários

No mesmo dia em que estudantes se manifestavam, o Sindicato dos Professores da Região Centro e a Fenprof fizeram saber que estão solidários com a luta contra a revisão curricular do Movimento das Associações de Estudantes do Ensino Secundário do distrito de Castelo Branco. Os professores consideram "precipitado, irresponsável e sem sentido proceder-se à generalização de uma revisão curricular sem que haja previamente uma avaliação do modelo actual e das causas do seu fracasso e sem que se recorra a um período de experimentação do novo modelo".

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