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             O Espírito Motard 
            A definição
            de motard é unânime. Ser motard é sinónimo
            de liberdade, de aventura e de loucura. 
             
            
              
                
                  Por
                Ana Maria Fonseca 
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            A excentricidade e
            a loucura 
             acompanham alguns 
             apaixonados do asfalto 
 
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            Ser motard não escolhe
            idade, profissão ou classe. Encontram-se médicos,
            engenheiros, professores, artistas plásticos, trolhas,
            pintores, industriais, funcionários públicos, enfim,
            todo o tipo de pessoas, dos 8 aos 80. Todos eles têm um
            denominador comum: a paixão pelas motos.  
            A mota é uma companheira de aventuras e não um
            simples meio de transporte. Andar de mota passa a fazer parte
            de uma forma de estar, mas há quem tenha o "bichinho"
            motard só pelo espírito. 
            "Manivelas" é já um ícone das
            concentrações. Não anda de mota mas vai
            a todos os encontros. Gosta da maneira de ser e do convívio
            entre os motards, por isso aproveita as concentrações
            para fazer negócio. Comerciante de coletes, cintos e afins,
            é ele que está encarregue de "baptizar"
            quem vai pela primeira vez a uma concentração.
            Todos indicam a sua tenda e recomendam o chouriço do "Manivelas".
            Uma verdadeira bomba picante é como pode ser descrita
            esta brincadeira que deixa o maior amante de piri-piri a arfar
            e um sabor acre na boca durante pelo menos duas horas.  
            De seguida, é obrigatório ir à tenda da
            caipirinha brasileira. Um negócio de fim de semana que
            leva Manuel Domingues, de 60 anos, a concentrações
            de Norte a Sul do País. Natural de Leiria, e motard há
            mais de 20 anos, começou no negócio das bebidas
            há cerca de quatro. Sempre foi às concentrações,
            mas agora alia negócios e prazer. "Vejo os meus amigos
            e aproveito. Em vez de gastar sempre se recupera alguma coisa"
            afirma. 
            De facto, a vida de motard não é muito barata.
            Um bom capacete pode ir até aos cem mil escudos, um fato
            de cabedal, com luvas e cinto ronda também os 100 contos.
            A presença numa concentração pode custar
            em média 25 contos. 
            Mas isto não é problema para o "Solitário
            de Évora" um símbolo nestes eventos. Todos
            os motards o conhecem ou já ouviram falar dele. Faz de
            andar de mota e das concentrações a sua vida. Não
            pertence a um motoclube e gosta de andar sozinho. Com a sua mota,
            mesmo não sendo uma "street fighter", já
            foi a todo o lado. 
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