Falta de água causa transtorno aos estudantes
Banhos gota-a-gota

Falhas sucessivas de água acontecem todos os dias na residência II da UBI. São horas de espera para acabar o banho ou para confeccionar uma simples refeição. Um problema que os alunos residentes querem ver resolvido o mais rapidamente possível.

 Por Nélia Sousa

Silva Raposo adianta a hipótese de criação de mais depósitos de água para solucionar o problema

A residência universitária II da UBI depara-se, desde o início do ano lectivo, com um problema que afecta os alunos que ali habitam. Os cortes de água diários obrigam muitos dos residentes a ficarem a meio do banho, à espera que a água volte a correr.
Catarina Costa, 22 anos, residente no 6º andar, adianta que estes cortes sucedem ao longo do dia e podem prolongar-se por períodos de tempo que, por vezes, chegam às 3 horas. "Em Setembro, como era final do Verão, pensávamos que a causa residia na falta de água normal nesta época do ano. Mas é engraçado que, com a chegada do Inverno e com as cheias que temos tido, a situação mantém-se, chegando mesmo a piorar a qualidade da água", refere esta estudante do 4º ano de Engenharia Geotécnica.
Esta é uma situação que, segundo os moradores desta residência universitária, piora durante as horas em que as pessoas utilizam mais a água.
Segundo Rita Paulos, estudante de Sociologia, a explicação dada é que a partir do 5º andar a água não tem pressão suficiente".
Mas o problema não se fica apenas por esta residência universitária. Também nos Serviços de Acção Social da UBI, SASUBI, as falhas de água sucedem com frequência. "Chegamos a meio da manhã e não temos água" afirmou ao Urbi o administrador dos Serviços, Manuel Silva Raposo. Embora não haja ainda uma conclusão concreta, Silva Raposo é da opinião de que "deve haver alguma falha de pressão na bombagem da água". Há aqui muitas obras, gasta-se muita água e por isso ela é capaz de faltar", conclui o administrador.

UBI vai criar mais depósitos de água

Leopoldo Santos, director-delegado dos Serviços Municipalizados da Covilhã (SMAS) manifestou a preocupação dos SMAS e revelou que o caso vai ser estudado de forma a ter uma resolução imediata. No seu entender os problemas são internos e relacionam-se com a fraca pressão da água nos andares superiores. "Não se pode esperar que a pressão lá em cima seja a mesma que cá em baixo", explica Leopoldo Santos.
Com um gasto que varia entre os 18 e os 20 mil contos de água por ano, Manuel Silva Raposo adianta que o Reitor da UBI, Manuel Santos Silva, pensa levar adiante um projecto que consiste no aproveitamento de um curso de água existente em Santo António com o objectivo de suprimir despesas. Daí que a UBI pretenda construir ainda este ano, pequenos depósitos de água. "Assim é provável que para o final do ano parte da água seja oriunda de captação própria. Precisamos de aproveitar essa água. Passamos a poupar dinheiro que não pagamos, poupando-se uma verba que pode ser investida noutras áreas", refere o administrador dos SASUBI.
Enquanto isso não acontece os alunos deparam-se todos os dias com este problema que esperam ver solucionado o mais rápido possível.

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