Acção Social escolar em debate
Fórum sem quórum

No passado dia 22, quinta feira, o anfiteatro da Parada da Universidade da Beira Interior, foi palco de um fórum onde se debateram questões relacionadas com o alojamento, alimentação e bolsas de estudo. A falta de comparência de alguns dos oradores convidados e a fraca adesão dos alunos frustrou as expectativas da organização.

 Por Carla Loureiro

Mesmo sem a presença dos alunos
o I Fórum de Acção Social debateu as principais carências deste serviço

A necessidade de se fazer um apuramento sério de estado actual da Acção Social Escolar levou a Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) a organizar o I Fórum de Acção Social. Um debate que se pretendia alargado a todas as instituições do Ensino Superior cingiu-se à Universidade da Beira Interior, devido à falta de comparência de outros administradores de Acção Social convidados.
Com a presença do presidente do Conselho Nacional para a Acção Social no Ensino Superior (CNASES), João Duarte Silva e do Administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade da Beira Interior (SASUBI), Manuel Raposo, a discussão realizou-se de forma pouco usual, transformando-se o debate numa "espécie de conversa de café", como referiu o responsável da AAUBI, Eduardo Ribeiro.
A questão das bolsas de estudo e os critérios que estão na base para a sua atribuição foi muito debatida, levando o administrador dos SASUBI a admitir que por vezes existem injustiças. "Os Serviços de Acção Social só terão sucesso se o Ministério das Finanças sofrer uma reforma", sublinha Manuel Silva Raposo. Já para o presidente do CNASES, a preocupação centra-se na saúde, desporto e cultura, "áreas um pouco esquecidas pela Acção Social". Mas "como cidadão gostaria que os meus impostos fossem canalizados para bolsas maiores", sublinha João Duarte Silva.
A alimentação e o alojamento geraram alguma discussão entre alunos e oradores. Curiosamente, nesse mesmo dia o jornal Diário de Notícias destaca a Universidade da Beira Interior (UBI) e a Universidade de Aveiro como as instituições que registam uma maior procura e capacidade de alojamento. O mesmo se passa com a alimentação, onde a UBI e a Universidade do Minho (UM) ocupam os primeiros lugares na procura dos refeitórios.

Fraca adesão dos alunos

Se os temas em cima da mesa diziam respeito aos alunos, já a sua presença foi praticamente nula. Inserido na semana de luta e contestação dos alunos do Ensino Superior, o I Fórum de Acção Social não teve a participação que se pretendia. Eduardo Ribeiro defende que uma falha na divulgação esteve na origem da fraca adesão. "Devíamos ter chamado mais a atenção dos alunos, pois muitos deles não sabiam da existência do Fórum".
No final, o administrador dos SASUBI, Manuel Raposo deixa a ideia de se realizarem fóruns temáticos e uma campanha de informação, "pois muita gente não sabe o que são os serviços de Acção Social".

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