Rua Alexandre Herculano
Demolição de edifício em ruínas "condena" prédio contíguo

As obras de demolição do edifício em frente à Igreja de Santa Maria, que dará lugar a um largo ajardinado, está a causar problemas a moradores. O descuido do empreiteiro levou ao encerramento da rua para veículos e peões e está a pôr em risco o prédio contíguo.

 Por Sérgio Felizardo
NC/Urbi et Orbi

Moradores e comerciantes da Alexandre Herculano exigem solução urgente para o problema que, dizem, está a afectar o seu dia-a-dia

A demolição das ruínas do edifício em frente à Igreja de Santa Maria levou ao encerramento da Rua Alexandre Herculano, paralela à rua Jornal Notícias da Covilhã. Mais de uma semana depois do início dos trabalhos, a rua continua com o acesso cortado, quer a automóveis, quer a quem se desloca a pé no sentido ascendente.
A Câmara Municipal, através do vice-presidente, Alberto Alçada Rosa, diz-se solidária com as queixas de moradores e comerciantes da rua relativas ao modo como a demolição foi feita. No entender de Alçada Rosa terá havido "algum descuido" no modo como o empreiteiro procedeu aos trabalhos. Nomeadamente pelo facto de "ser perfeitamente possível demolir sem cortar a rua, pelo menos à circulação pedestre". A autarquia garante ter alertado o responsável antes da demolição. O que, no entanto, não impediu as máquinas de trabalhar sem qualquer limite de segurança e sem que as pessoas fossem impedidas de circular nas imediações dos trabalhos. Outro problema diz respeito ao rombo que o abate de uma das paredes causou no edifício contíguo. O imóvel estava desocupado há cerca de um ano e esperava por obras de remodelação. Agora, revela Alçada Rosa, "vai ser igualmente demolido. A medida terá sido discutida na quinta-feira com o proprietário e, ainda esta semana, a "sentença" poderá ser executada.
No entender do vice-presidente da autarquia, "é absolutamente necessário que não sejam cometidos os mesmos erros e que o empreiteiro execute o trabalho com a segurança máxima". É que o edifício ao lado é habitado e os cidadãos, sublinha Alçada Rosa, "não podem ser prejudicados". Aos moradores, utentes e comerciantes resta agora esperar que o empreiteiro siga as recomendações da autarquia "para desimpedir a via o mais rapidamente possível" e que o projecto para ali previsto seja implementado: um largo ajardinado, com características de área de lazer, que promete enriquecer a área ocupada pela Igreja de Santa Maria.

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