Franchising em debate
Um negócio virado para o futuro

 Por Patrícia Caetano

Compreender a oportunidade de negócio e os riscos que o franchising pode significar, foi o objectivo da conferência realizada na passada terça feira, 3 de Abril. Um debate integrado no ciclo de conferências Gerir o Futuro, realizado pela UBIGEST (Núcleo de Gestão da UBI), que mostrou aos mais de 100 estudantes as duas faces do franchising.

O franchising é uma área de negócio em expansão que envolve investimentos avultados da entidade franchisadora, e do franchisado, o representante local da marca.. No entanto, segundo José Gabriel, franchisado da marca PostNet, os lucros que advêm deste contrato são quase sempre uma certeza, o que torna o negócio aliciante.
O empresário, licenciado em Gestão pela UBI, revela que "as vantagens do franchising manifestam-se por ser um negócio experimentado, virado para o futuro e com uma forte imagem de marca".
Normalmente, o franchisador oferece apoio ao franchisado através de visitas regulares de um supervisor, de acções de formação e campanhas de marketing que possam ter impacto directo sobre o ponto de venda do franchisado.
Mas num contrato de franchising nem tudo são vantagens. O controlo externo sobre a actividade do franchisado, a falta de autonomia na criatividade e iniciativa empresarial, a duração limitada dos contratos, o custo de aquisição dos direitos de exploração e a impossibilidade de desenvolver uma actividade concorrente, são alguns dos aspectos negativos do franchising, referidos por José Gabriel.

A imagem de marca

Para se abrir uma loja franchisada, realizam-se estudos de mercado, que consoante os resultados, indicam se é ou não lucrativa a sua abertura. A principal exigência é uma localização geográfica em zonas de elevado tráfego com forte tecido empresarial e industrial.
Segundo Cristina Gargaté, directora do Departamento de Franchising da companhia de seguros Império, estes estudos são fulcrais para que a empresa possa atingir os objectivos propostos aos seus franchisados: "Ser a empresa líder na mediação profissional e atingir 15 por cento da quota de mercado". A empresa pretende aumentar a qualidade e rapidez do serviço prestado aos clientes e "acentuar a agressividade de forma mais rentável e eficaz", declara Cristina Gargaté.
Para que esses objectivos se propiciem, a Império definiu um perfil do mediador. Paralelamente foi criada a Academia, local onde se formam os futuros franchisados. O futuro agente compromete-se a respeitar os requisitos mínimos de produtividade de vários níveis de serviços e de diversas políticas comerciais e de marketing adoptadas pela empresa. "É preciso ter cuidado com a imagem da companhia", conclui Cristina Gargaté.

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